Por Daniel Roncaglia,da Folha.com O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, criticou neste domingo a oposição que, segundo ele, não respeita a lei.

No entanto, disse que não irá responder aos ataques que deve sofrer durante a campanha. “Alguns preferem fazer intriga, desrespeitar a lei, antecipar a campanha, zombar da Justiça e das instituições.

Mas nós temos pouco tempo para bate-boca, para responder a ódios e ofensas, para nos preocuparmos com inferências tolas e chavões marqueteiros”, afirmou o ex-governador no lançamento de sua candidatura em São Paulo.

Depois de perder a eleição presidencial em 2006 e a da Prefeitura de São Paulo há dois anos, Alckmin diz que sua candidatura é um reencontro. “Hoje reencontro minha história, meu destino de servir o povo de São Paulo, o desafio de continuar um trabalho bonito do PSDB, em quase 16 anos de empenho no avanço de São Paulo”, afirmou.

Seguindo a linha dos discursos da convenção do PSDB neste domingo, Alckmin destacou a experiência administrativa do candidato tucano à Presidência, José Serra. ‘Quem quer dirigir o Brasil não pode andar na garupa.

Porque quem pega carona e vai na garupa não guia, não breca, não acelera, não conduz.

José Serra será nosso comandante.

E vai ser eleito não por ser ajudante, mas por ser titular de suas próprias competências", disse o candidato, que estava rouco.

Antes do candidato, Serra afirmou que São Paulo deve ter um governo de continuidade, mas com mudança. “O que é solução em uma geração pode ser problema em outra”, afirmou.

Outros 10 políticos também discursaram na convenção deste domingo, entre eles o candidato a vice-governador Guilherme Afif Domingos (DEM), e os candidatos ao Senado –o ex-governador Orestes Quércia e o ex-secretário da Casa Civil de São Paulo Aloysio Nunes Ferreira.

Também falaram o governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), e o prefeito Gilberto Kassab (DEM). “Nesse Estado não tem lugar para mensaleiro ou para aloprados”, disse Goldman.

Já Quércia criticou a decisão do PMDB nacional de apoiar a petista Dilma Rosseff (PT) na disputa presidencial. “Essa gente que dirige o PMDB do Brasil não conhece a história.

O PMDB está certo aqui apoiando Serra e está errado apoiando a candidata do governo”.

A convenção também irá oficializar os 140 candidatos do partido à Câmara dos Deputados e os 188 candidatos à Assembleia Legislativa.

O evento acontece no estacionamento da Assembleia Legislativa, próximo do Parque do Ibirapuera.

Cerca de 10.000 pessoas estão na convenção, segundo os organizadores.

Para a Câmara dos Deputados, o PSDB fará coligação com DEM e PPS.

Já para o Legislativo paulista, a aliança será feita com o DEM.

Hoje, também acontece a convenção do DEM, PMDB, PPS e PSC.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso está em viagem ao exterior e não participa da convenção. É esperada ainda a presença do presidente do PTB, Roberto Jefferson, e o senador Romeu Tuma (PTB).

Nas pesquisas de intenção de voto, Alckmin aparece em primeiro com chance de vencer no primeiro turno.

No Datafolha, feito em março, o ex-governador tem 53% das intenções.

Principal adversário de Alckmin, o senador Aloizio Mercadante (PT) terá a sua candidatura homologada no dia 26 deste mês.