O presidenciável tucano, José Serra (PSDB), voltou a criticar o que chama de ’loteamento político’ de órgãos públicos.

Desde que se lançou pré-candidato à Presidência da República, Serra bate na tecla da distribuição de cargos comissionados em repartições. “Eu acredito nos servidores públicos e nos técnicos e trabalhadores de empresas estatais, que são vítimas do loteamento político, de chefias nomeadas por partidos ou frações de partidos, por motivos pouco confessáveis, males esses que chegaram até às agências reguladoras”, discursou.

Em seguida, Serra criticou a corrupção no poder. “Acredito que são os homens que corrompem o poder e não o poder aos homens.

Quem justifica deslizes morais dizendo que está fazendo o mesmo que outros fizeram, ou que foi levado a isso pelas circunstâncias, deve merecer o repúdio da sociedade.

São os neo-corruptos”.

Ainda na temática da corrupção, o tucano lembrou o episódio do mensalão. “Acredito no Congresso Nacional como a principal arena do debate e do entendimento político, da negociação responsável sobre as novas leis, e não como arena de mensalões, compra de votos e de silêncios”.

Serra defendeu também a livre atuação da Justiça, lembrando a importância dos Tribunais de Contas e do Ministério Público, que já foram criticados pelo presidente Lula. “Acredito no valor da Justiça independente, que obedece, mas não faz as leis e é guardiã do nosso Estado de Direito.

E prezo as instituições que controlam o Poder Executivo, como os Tribunais de Contas e o Ministério Público, que nunca vão ser aprimoradas por ataques sistemáticos de governos que, na verdade, não querem ser controlados”.