Foto: Daniel Guedes / Blog de Jamildo Na convenção estadual do PSOL não faltaram críticas aos governos atual, de Eduardo Campos (PSOL), e passado, de Jarbas Vasconcelos (PMDB).

O candidato do partido ao govenro do Estado, Edilson Silva, procurou se mostrar aos correligionários uma opção às gestões que ele considera iguais. “Tem alternativa a essas duas quadrilhas que estão instaladas no Estado”, disparou em seu discurso. “São dois governos baseados em obras que não atendem a população, dois governos que, em essência, são a mesma coisa, o mesmo modelo estrutural.

Vamos apresentar uma proposta diferente”, afirmou.

Edilson afirmou que usará o episódio da Fundarpe, órgão estadual acusado de irregularidades, na campanha.

Para ele, o “evento lamentável” pode ser usado tanto contra Eduardo, como em desfavor de Jarbas. “Esse negócio da Fundarpe é a prova cabal de que é o sujo falando do mal lavado.

A alternativa que a turma do Eduardo tem para poder se defender da maracutaia é dizer ‘ah, vocês também faziam’.

Então, só quem tem autoridade política, moral e ética para fazer qualquer tipo de crítica, com certeza, não é nem Eduardo, nem Jarbas.

Mas é quem nunca participou desses esquemas.

Então vamos fazer uma crítica contundente”.

Outra polêmica que o PSOL pretende usar é a que envolve a venda da Celpe.

Para Edilson, tanto o ex-governador Miguel Arraes (PSB), quanto Jarbas têm responsabilidade na privatização da empresa de energia. “Quando Arraes governava, o Eduardo tentou vender a Celpe.

Aí o Mendonça Filho, que era deputado, conseguiu impedir a venda da Celpe.

Aí o Jarbas ganhou a eleição e vendeu a Celpe”, criticou.

Questionado se via alguma ação positiva no governo atual, Edilson citou apenas a TV Pernambuco e disparou críticas ao Pacto pela Vida, à Saúde e até ao Complexo de Suape. “Suape vai se transformar numa favela.

Queremos discutir como é que o desenvolvimento do Estado vai se dar de forma mais equilibrada possível, com o conjunto do Estado. É isso que nós queremos discutir.

E não colocar Suape como um garimpo.

Não podemos permitir que o desenvolvimento, que o crescimento econômico do Estado seja presidido pela lógica do lucro somente.

Não se fala de desenvolvimento social”, bateu.

Em relação ao Pacto pela Vida, Edilson disse que havia muita “pirotecnia”. “O Pacto pela Vida tem um mérito de se inserir em outro paradigma de segurança pública.

Mas tem muita pirotecnia, muito jogo superficial.

Esses policiais que estão entrando agora estão tendo menos treinamento de tiro que profissionais de empresa de segurança privada”, afirmou.

Questionado sobre as Unidades de Prontoatendimento (UPA), o candidato do PSOL disse que havia um “problema de matemática eleitoral”. “O Pan de Areias está passando por um problema de esvaziamento de profissionais, porque estão deixando de trabalhar lá porque estão sendo contratados pelas UPAs com salários maiores, sem concurso público.

Tira de um para cobrir o outro”, afirmou.

Ele também criticou o modelo de gestão das unidades, por organizações sociais. “Isso é a privatização da saúde.

Somos radicalmente contrários”.