Do G1 O deputado federal Marcelo Itagiba (PSDB-RJ) entregou nesta quinta-feira (10) notícia-crime à Polícia Federal sobre o episódio envolvendo o suposto dossiê contra o pré-candidato tucano José Serra.

Itagiba pede que a PF investigue indícios de formação de bando ou quadrilha na reunião em que teria sido discutida a espionagem.

Segundo a assessoria do deputado, a avaliação de Itagiba é que, nessa reunião, estaria caracterizado o crime de formação de quadrilha.

Caso a PF veja indícios de crime na reunião, poderá instaurar inquérito para apurar o caso.

A montagem do dossiê teria sido discutida numa reunião no restaurante Fritz, em Brasília, em abril.

Participaram do encontro Onézimo Sousa, ex-delegado da Polícia Federal, o jornalista Luiz Lanzetta, então responsável pela área de comunicação da candidata petista, o empresário Benedito de Oliveira Neto, encarregado das finanças do comitê, e o jornalista Amaury Ribeiro.

Os envolvidos apresentam versões diferentes para o encontro.

Apontado como comandante de uma suposta máquina de grampo do PSDB a serviço da candidatura de Serra, Itagiba, que também é ex-delegado federal, sentiu-se ofendido e quer que a PF entre na investigação. “Não sou araponga”, defendeu-se.

O diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, não se encontrava no horário da audiência e a representação foi recebida pelo chefe de gabinete, delegado Felipe Tavares.

A PF vai analisar se existe indício de crime na denúncia do deputado e se a investigação é de sua competência, antes de decidir se abre inquérito.