Não fosse a reforma da Estrada da Batalha (PE-008), a construção do viaduto que corta a Avenida Dr Júlio Maranhão e a Barreto de Menezes, no centro comercial de Prazeres, muito dificilmente alguém atentaria para o fato de um banco estrangeiro estar utilizando um espaço público, do povo, pertencente ao erário, sem pagar um centavo sequer.

O episódio envolve a antiga agência 0036 do então BANDEPE – Banco do Estado de Pernambuco, que foi vendido ao Banco ABN Amro Bank, que depois virou Real e agora está em processo de migração para a bandeira Santander.

Imaginava-se que a venda das agências do BANDEPE incluía os terrenos, edificações e melhoramentos das agências, mas pelo jeito não é bem assim.

Na hora do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) calcular as indenizações das moradias e empreendimentos instalados naquelas cercanias, verificou-se que seria ilegal o recebimento de qualquer indenização a título de desapropriação da agência Prazeres do Banco Real, pois aquela edificação, tal qual o terreno é pertencente ao Estado de Pernambuco e não mostra-se cabível o Estado indenizar o próprio Estado.

A saída para o banco foi alugar o espaço térreo de um prédio próximo, que já abrigou o Banco Mercantil de Pernambuco (Agência Prazeres), na Avenida Dr.

Júlio Maranhão, a pouco mais de 100 metros dali, vizinho ao atual Bradesco e antes do Banco Itaú.

Já afixou placa e letreiro.

Enquanto isso, onde funcionou a agência, a operação desmonte já começou, com a remoção de mobiliário e retirada de estruturas metálicas do teto.

Perguntas ficam no ar: a) Quanto tempo o banco estrangeiro ficou usando um bem do povo pernambucano de graça, sem pagar um centavo sequer? b) Se não fosse a construção do viaduto, teria o Governo de Pernambuco condições de notar o “erro” e providenciar a regularização? c) Será que isso não vem se repetindo nas várias agências vendidas pelo Governo do Estado, ocupação irregular, sem o pagamento de aluguel ou coisa que o valha?

Um leitor-cidadão atento do Blog