Foto e texto: Chico Ludermir Um dia antes de anunciar a decisão do futuro da área da Tamarineira, o prefeito João da Costa visitou o local, que possivelmente dará lugar a um centro comercial e um parque.

Depois de visitar o Hospital Psiquiátrico Ulysses Pernambucano, o Hospital Infantil Helena Moura e o Centro de Prevenção, Tratamento e Reabilitação de Alcoolismo, CPTRA, três unidade da área, Da Costa disse que já tem uma ideia, mas que a decisão de governo só virá amanhã. “A tendência é refletir sobre o que é melhor nos próximos 50 anos, por que é esse o tempo do contrato com a Realesis (empresa responsável).

Qual é o papel que essa área pode desempenhar? refúgio? área comercial?

Estamos acumulando reflexões importantes.

A decisão que estamos tendo não é decisão de conjuntura. ”, disse o prefeito, que esteve pela primeira vez no local.

João da Costa afirmou que, do ponto de vista da saúde, a discussão já muito é importante.

Destacou também os mais de 3 hectares de área preservada e as construções tombadas do local.

A diretora do Ulysses Pernambucano, Benvinda Magalhães acompanhou o prefeito durante toda a visita e se disse confiante que a saúde seja prioridade. “Mesmo por que o espaço se construiu com recursos públicos para a saúde”, disse ela, confiante no “discernimento das autoridades”.

Segundo Benvinda, os Centros de atenção psicossocial, Caps, ainda não são suficientes para a demanda, em especial à noite e em finais de semana.

No Recife, só o Caps Davi Capistrano é aberto 24h.

Já Ulysses tem 170 leitos e uma média de 1000 pacientes por mês. “O hospital é referência estadual para pacientes com crise mental aguda”, disse a médica.

Benvinda acredita que o discurso da reforma psiquiátrica está sendo usado para justificar interesses financeiros. “A reforma prevê uma reestruturação e não um desmonte”, explica. “A internação ainda é necessária.

Ainda não temos a reforma completa”.

João da Costa está reunido com dez secretários para tomar a decisão.

Amanhã, o prefeito dirá sua decisão no Parque da Jaqueira, pondo fim à polêmica que se arrasta desde fevereiro.

A Santa Casa de Misericórdia, proprietária do terreno arrendou por 50 anos a Tamarineira para a empresa Realesis construir um centro comercial e um parque.

Entidades médicas, ambientalistas e historiadores pedem a preservação das unidades de saúde e construção de parque público.

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Será que João da Costa vai levar resultado em consideração?

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