Nota à imprensa Em declarações ao jornal “O Estado de São Paulo”, de hoje, o presidente da CUT, Artur Henrique, disse que a UGT representaria “só 5%” dos trabalhadores brasileiros. É lamentável tal atitude, claramente divisionista, quando tentava explicar para os jornalistas e para a opinião pública por que a UGT, que respeitou decisão interna, não compareceu ao ato político para apoiar Dilma Rouseff, convocado para ontem, no Pacaembu.

A Central Única dos Trabalhadores não é a única central.

E foi o consenso que está na raiz da criação da União Geral dos Trabalhadores que ajudou a criar as negociações a favor das marchas dos trabalhadores, a unidade na ação em torno da recuperação do salário mínimo, a pressão (que não contou com a CUT) em torno do reajuste de 7,7% dos aposentados que ganham acima do mínimo.

Ou seja, vivemos um novo Brasil em que não existe um único partido nem uma única central, e há espaço na democracia que ajudamos a consolidar todos os dias respeitando, principalmente, as decisões de nossos filiados.

Um hábito que, a se confirmar a lamentável declaração do presidente Artur Henrique, da CUT, prova que temos de trabalhar muito mais pela unidade democrática, pelas açoes conjuntas que exigem respeito pelas posições dos nossos aliados e parceiros de luta.

A CUT sabe muito bem do potencial de representação da UGT, como consta nos registros oficiais e abertos do Ministério do Trabalho.

Se apela, ao tentar diminuir a UGT, é por ter à sua frente um presidente que infelizmente ainda não percebeu os novos tempos que o Brasil vive e que, com certeza, não está à altura para representar a vontade plural e democrática que também faz parte dos seus sindicatos de base e do ideário dos milhões de trabalhadores que, como a UGT, representa.

Ricardo Patah, presidente Nacional da UGT.