Por Priscilla Borges, no iG A condenação do futuro tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff e ex-prefeito de Diadema, José de Filippi Jr., pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, não preocupam a cúpula petista.

Como divulgou nesta sexta-feira o jornal “Folha de S.

Paulo”, a corte determinou que Filippi Jr. devolva aos cofres de Diadema os valores pagos pela contratação, sem licitação, do escritório de advocacia do advogado Luiz Eduardo Greenhalgh.

O escritório foi contratado pela prefeitura de Diadema entre 1983 e 1996 e recebeu R$ 2,1 milhões, de acordo com a reportagem da Folha.

O TJSP quer a devolução do montante pago aos advogados.

Além disso, o ex-prefeito foi condenado à perda dos direitos políticos por cinco anos, o que não altera a possibilidade de ele continuar trabalhando na campanha da pré-candidata do PT à Presidência.

Filippi Jr. pode recorrer da decisão.

O presidente nacional do partido, José Eduardo Dutra, afirmou ao iG que a decisão do tribunal não causa problemas ao PT ou à campanha da pré-candidata à presidência Dilma Rousseff. “Temos de analisar os fatos.

Ele foi condenado por uma atitude que tomou enquanto prefeito, em 1996.

Depois disso, ele foi tesoureiro na campanha de Lula à Presidência em 2006 e a conduta dele foi exemplar.

Não houve ressalvas à prestação de contas dele”, ressaltou.

Para Dutra, não há motivos para que a confiança na capacidade de Filippi Jr. em coordenar as finanças da campanha de Dilma seja quebrada.

O presidente nacional do PT contou que tentou contato com o ex-prefeito, que está em viagem para os Estados Unidos, mas não conseguiu.

Cândido Vaccarezza (PT-SP), líder do governo na Câmara dos Deputados, reforça que a decisão do tribunal não é definitiva. “Essa é a decisão de uma instância apenas.

Há ainda recursos judiciais que serão feitos.

Não há preocupações sobre isso”, garantiu.