Ainda no debate da Rádio Jornal, o governador Eduardo Campos disse que “não era de falar, mas de agir” no combate ao esvaziamento da Chesf.

E que “há um tempo burocrático para as mudanças nos estatutos acontecerem”, acrescentou, no intuito de pedir paciência para ver a empresa voltar a ser autônoma.

Na última quarta-feira, o presidente em exercício da Eletrobras, Ubirajara Rocha Meira, prometeu colocar em curso as mudanças que garantem o refortalecimento da Chesf.

A primeira é a mudança no nome, que deixará de ser Eletrobras-Chesf para ser, novamente, apenas Chesf.

Confiante de que a força da estatal nordestina será reestabelecida, o governador lembrou ainda que o presidente da Eletrobras, José Antônio Muniz, era o comandante da Chesf na época do governo FHC, quando surgiu a proposta de privatizá-la. “Não era tirar autonomia, era vender”.

Retrucando uma comparação de que a Chesf estaria passando por um desmonte semelhante ao da Sudene, o governador afirmou que não era verdade e que a estatal nordestina levou um pedaço de Belo Monte, uma prova de sua força.

Vale lembrar aos internautas (e até para o governador) que a usina hidrelétrica do Pará é cercada de polêmicas - sua viabilidade financeira, por exemplo, está em xeque.

E que a Chesf, que antes liderava o consórcio vencedor com 49.98% de participação, tem agora só 15%, após uma decisão da toda poderosa Eletrobras de formatar uma nova composição acionária para o empreendimento.