Por Felipe Lima José Serra subiu ao púlpito montado pela CNI de forma mansa, mas não poupou nas críticas.
Apontou, logo de cara, quais os gargalos econômicos do País na sua visão.
Pela ordem: o custo do capital (ou seja, como é caro para um empresário obter recursos no Brasil) por causa da alta taxa de juros; e as deficiências em logística e infraestrutura.
Afirmou ainda não entender as políticas cambial e fiscal brasileiras e citou o Brasil como detentor de recordes nada positivos. “Temos a maior taxa de juros do mundo.
Isso para a taxa básica, sem falar como fica a situação do consumidor e do empresário.
Para se ter uma ideia, tudo que é gasto com o Bolsa Família, por exemplo, equivale a 1% do que pagamos em juros.
Somos ainda o penúltimo país em investimento governamental.
Só perdemos para o Turcomenistão”, discursou.
Para toda crítica, apontava uma solução que adotou na prefeitura de São Paulo e no governo paulista.
Disse, por exemplo, ter triplicado a taxa de investimento do Estado de São Paulo.
No que tange a infraestrutura, Serra mencionou o caso da soja. “Economistas do Banco Mundial mostraram que o gasto com transporte representa 30% do preço da soja brasileira.
Nos Estados Unidos, esse custo é de 19%”.
E ironizou: “eu não duvido que falte boa intenção do governo federal, mas está complicado”.
Sem rodeios, Serra afirmou que quando o governo federal resolve investir falta planejamento e capacidade de dar sequência aos aportes. “Quando tudo é prioritário, não existe prioridade”.
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