Por chico Ludermir Depois de dois discursos repletos de números e pragmatismo, na sabatina da CNI, a pré-candidata à presidência pelo PV Marina Silva apostou nas falas tocantes, e no poder do sonho.

Aplaudidíssima, a verde chegou a comparar-se com Obama e se mostrou carismática, por mais que tenha fugido muitas vezes do tema “indústria”. “Brasil foi colocado num lugar juntamente com a Índia, a China e Russia, como se estivéssemos fadados a um determinado enquadre.

Não podemos aceitar o enquadre que estão querendo nos dar.

Temos que ousar um pouco”.

Propondo mudanças estruturais, Marina disse que com a sociedade estava aberta a diálogo e a convencer e ser convencida com boas ideias. “Não podemos continuar mobilizando esses recursos para continuar fazendo do mesmo jeito.

Os resultados podem ser melhor”.

No discurso da sustentabilidade propôs uma nova base de produção para integrar desenvolvimento e meio ambiente numa mesma equação.

Contrária a acomodação propôs se posicionar na economia do século XXI com indústria de baixo carbono.

A pré-candidata não se furtou a reconhecer o feitos dos adversários e antecessores. “Isso tem ajudado a alavancar a nossa economia”, mas, nem por isso deixou de ser extremamente crítica a Dilma e Serra. “Um (veio) para dizer que tudo já foi feito e o outro para dizer que tudo pode ser feito.

Acredito no processo de desadaptação criativa, capaz de pegar as conquistas positivas e em cima criar um novo sistema ou subsistema.

Estamos diante da estabilidade econômica e diante da quebra de paradigma do governo Lula que cresceu com distribuição de renda, mas não chegamos no fim da história.

Estamos apenas no começo dessa história”