A presidenciável Dilma Roussef acabou há poucos minutos sua apresentação na CNI.

De novidades, assumiu o compromisso de fazer a tão esperada reforma tributária no País, pois “ao mesmo que tempo que assegura melhoria na competitividade, permite um salto em direção ao crescimento sustentável”.

Falou da necessidade de desonerar remédios, exportações, geração de empregos e investimentos privados.

Anunciou ainda o desejo de criar um ministério específico para micros, pequenas e médias empresas, revelando que a criação desse órgão já estava na pauta do governo em 2008, mas a crise econômica mundial atrapalhou sua viabilização.

Nas entrelinhas do seu discurso, Dilma Roussef acenou para dois cenários que são bastante criticados atualmente pela classe empresarial e sociedade civil brasileira.

O primeiro é de apoio ao arrocho na política econômica.

Durante sua fala, Dilma destacou os resultados obtidos pela equipe do governo federal, dando destaque a redução do volume de endividamento da União nos últimos sete anos através de metas rígidas de superávit; e ao controle da inflação.

Em outras palavras, blindou o que muitos críticos chamam de conservadorismo fiscal do governo federal ao, por exemplo, subir a taxa de juros básica da Nação, a Selic, ao menor sinal de aumento na inflação em decorrência do boom no consumo interno - justamente o que garantiu que o Brasil fosse “o último a entrar na crise e primeiro a sair”, como a própria Dilma falou.

Por fim, a presidenciável petista, em uma frase apenas, acendeu uma luz de alerta para os nordestinos.

Na lista de elogios aos feitos do atual governo federal, Dilma enalteceu o “novo modelo do setor elétrico”.

Leia-se: transformar a Eletrobras em uma espécie de Petrobras, alçando voos internacionais, a partir da concentração de decisões, manobra que, na prática, resulta no tão combatido esvaziamento da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) - a mais rentável e eficiente empresa do sistema elétrico brasileiro.

Enfraquecimento que o próprio presidente Lula não aprova.

Confira ao vivo a sabatina aos presidenciáveis