Verônica Dantas - O Estado de S.Paulo Se depender da militância petista das zonas norte, noroeste e oeste da capital paulista, o senador Aloizio Mercadante será o próximo governador do Estado e o senador Eduardo Suplicy ocupará a vaga de vice.

Depois de ter acatado apelo da direção estadual do PT para abrir mão da candidatura ? apesar de estar à frente de Mercadante nas pesquisas de intenção de votos ao governo do Estado ?

Suplicy aguarda aprovação de seu nome pelo PDT.

A prioridade para que o partido defina o vice de Mercadante foi acertada na aliança feita com o PT e o PR.

Mercadante conta com o apoio de 12 partidos para sua candidatura e ontem o vereador Milton Leite (DEM) anunciou que também vai apoiá-lo, embora seu partido esteja fechado com a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) no Estado. “O sujeito quando quer ser candidato tem que chamar político para conversar.

Tenho 80 mil votos.

Alckmin não me chamou”, disse Leite.

Em 2008, o PSDB e DEM romperam em São Paulo quando o tucano resolveu se lançar candidato à prefeitura.

Suplicy diz estar disposto a colaborar para fortalecer a candidatura da Dilma à Presidência, Mercadante ao governo e de Marta e Netinho de Paula (PC do B) ao Senado. “O que o partido avaliar como melhor, vou procurar colaborar”, afirmou o senador.

Em plenária realizada ontem pela manhã com lideranças do PT no salão da Sociedade Rosas de Ouro, na Freguesia do Ó, Mercadante aprovou Suplicy como vice-governador em sua chapa. “Vamos cumprir o que acertamos e ele (PDT) tem prioridade na indicação.

Abrimos uma discussão com os 12 partidos que talvez a melhor posição para mostrar a cara da vitória em São Paulo seria colocar como candidato a vice o companheiro em que São Paulo acredita e confia.

Imagine uma chapa Netinho e Marta, Mercadante e Suplicy?” Aguardada para o evento, a ex-ministra Marta Suplicy não compareceu, mas sua ausência passou praticamente despercebida após a chegada do cantor e apresentador Netinho de Paula.

Emocionado por voltar à quadra onde cantou tantas vezes, ele enfatizou sua luta pelos necessitados. “Eles (tucanos) já tiveram o tempo deles.

Mano Mercadante, vamos pra guerra.”