O otimismo dos industriais brasileiros permanece alto.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), divulgado nesta segunda-feira, 24 de maio, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), ficou em 66,3 pontos em maio, 0,6 ponto abaixo do registrado no mês anterior.

Mesmo com a queda, o índice está 7,2 pontos acima da média histórica, que é de 59,1 pontos.

De acordo com o estudo, a confiança elevada do empresário indica que a economia continuará a crescer nos próximos meses.

Dos 27 setores pesquisados, apenas o de refino de petróleo apresenta um índice de confiança abaixo da média histórica.

Para o economista da CNI Marcelo Azevedo, a queda do ICEI, que vem sendo registrada desde janeiro, não surpreende, porque no final do ano passado o otimismo do empresariado estava muito elevado por causa da recuperação economia. “É natural haver essa acomodação.

Também houve mudanças que podem afetar a confiança, como a retirada dos incentivos fiscais e a retomada do aumento da taxa de juros”, destaca Azevedo.

Dos setores analisados, 12 apresentam confiança relativamente estável, com variação positiva ou negativa inferior a 1 ponto.

Entre os setores que apresentam queda superior a 2 pontos estão os de alimentos, couros, calçados, química, limpeza e perfumaria e material eletrônico e de comunicação.

Expectativa – O índice das expectativas para os próximos seis meses também recuou de 69,7 pontos em abril para 69,1 pontos em maio.

Os empresários estão menos otimistas tanto em relação à economia brasileira quanto à própria empresa.

De acordo com Azevedo, mesmo com a queda, o resultado ainda mostra que as perspectivas são boas, uma vez que o índice está acima dos 65 pontos, que denota grande otimismo.

O ICEI varia de zero a cem.

Valores acima de 50 indicam empresários confiantes.

A pesquisa foi feita com 1.543 empresas (859 pequenas, 475 médias e 209 grandes), em 24 estados e no Distrito Federal, entre os dias 30 de abril e 20 de maio.