José Roberto de Toledo - O Estado de S.Paulo A inclusão da sondagem Datafolha na média móvel das pesquisas calculada pelo Estado levou ao empate entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB).

A diferença entre eles, agora, é de menos de 1 ponto percentual pró-Dilma, o que não caracteriza vantagem.

Mas o gráfico mostra que a petista está em ascensão, e o tucano, em queda.

As curvas dos dois principais rivais parecem espelhadas, refletindo a migração de eleitores entre Serra e Dilma.

O voto que um perde, o outro ganha. É uma polarização que antecipa o 2º turno.

Hoje, entretanto, nenhum deles têm cacife para decidir a eleição em 3 de outubro.

Um dos motivos que projetam, por enquanto, a necessidade de dois turnos é que a intenção de voto de Marina Silva (PV), embora estagnada, mantém-se firme na faixa dos 10%. À ela se somam dois pontos percentuais dos chamados nanicos.

Mantidos os percentuais de intenção de voto de Marina e dos candidatos dos pequenos partidos, Serra ou Dilma precisariam “roubar” de 6 a 7 pontos percentuais do outro para liquidar a eleição de uma vez.

Não é uma missão impossível, embora difícil.

A média móvel calculada pelo Estado leva em conta as três pesquisas mais recentemente divulgadas.

Foram consideradas as sondagens do Vox Populi, do Sensus e do Datafolha.

As três pesquisas foram feitas após as inserções do PT no rádio e na TV que tiveram Dilma como principal atração.

O crescimento da petista reflete o êxito da propaganda em associá-la a Lula.