Ana Flor da Folha de São Paulo Problemas com uma tradutora na coletiva de imprensa irritaram nesta sexta-feira a pré-candidata petista em Nova York.
Dilma Rousseff chegou a chamar a tradutora de “minha santa”.
Dilma, que preferiu falar em português, chegou a elogiar o primeiro tradutor.
A partir da metade da entrevista, a tradução ficou por conta da angolana Marísia Lauré.
Perguntada sobre o delicado tema da autonomia do Banco Central, Dilma falou da “autonomia operacional” do órgão.
Lauré esqueceu uma das palavras e Dilma completou, em inglês: “operational autonomy”.
Em seguida, repreendeu a tradutora. “Eu peço para você traduzir literalmente, porque é complicado [o tema]”.
Dilma passou a falar sobre privatizações e as empresas que acredita que deviam permanecer públicas, como Petrobras, Eletrobras, as do setor elétrico e bancos públicos.
A tradutora esperou que a convidada concluísse a frase para traduzir.
Ao final, Dilma conferiu com a platéia: “Não faltou [o trecho] da Petrobrás?”.
Na frase seguinte, Dilma ouviu o início da tradução e, achando que havia mais um erro, interrompeu Lauré. “No, no,no.
Yes, yes, yes”, emendou, ao se dar conta de que a frase traduzida estava correta e arrancando risos da platéia. “Eu prefiro que você copie e faça [a tradução depois] porque se não eu vou quebrar meu raciocínio todo, tá bom?”, pediu Dilma à tradutora.
Na pergunta seguinte, Lauré trocou “redução da dívida” por “redução de impostos”.
Dilma a interrompeu novamente. “Copia, minha santa, eu vou falar”.
Nesse momento, a organização trouxe de volta o tradutor anterior.
Ao final da coletiva, Lauré e Dilma se abraçaram.
A tradutora pediu desculpas e atribuiu o engano ao excesso de trabalho. “Você trabalha muito bem”, disse Dilma.