Do Blog de Josias de Souza Numa palestra feita em Nova York, Dilma Rousseff disse algo que, no Brasil, jamais se permitira declarar.
Ela atribuiu os avanços que levaram à melhoria das coisas no Brasil à sociedade e aos governos dos “últimos 20 anos”.
Dilma foi a estrela de um evento organizado pela Bolsa de Valores de São Paulo.
Falou para uma platéia de investidores estrangeiros.
Depois do laivo de lucidez, a candidata do PT voltou ao normal.
E pôs-se a realçar as conquistas obtidas sob Lula.
Derramou-se em elogios ao primeiro ministro da Fazenda da era Lula, Antonio Palocci.
Foi um elogio de corpo presente.
Palocci estava na platéia.
Aliás, Palocci, hoje deputado federal, disse que desistiu de ir às urnas em 2010.
Pretende dedicar-se integralmente à coordenação da campanha de Dilma.
No curso de sua palestra, Dilma prometeu que, se eleita, vai manter a autonomia operacional do Banco Central.
Pretende reduzir a meta de inflação.
Coisa a ser feita, segundo ela, de modo cuidadoso.
Dilma estava claramente decidida a acalmar a turma do dinheiro.
Era como se quisesse deixar claro que não é do tipo que vira a mesa. “Minha mensagem para os investidores internacionais é: o Brasil vai manter o crescimento com inclusão social e estabilidade macroeconômica…Buscando controlar os preços através de metas de inflação e manter a disciplina fiscal ao reduzir a dívida”.
A certa altura, disse que jamais privatizaria a Petrobras ou qualquer outra estatal.
Mas disse que não se opõe às concessões ao setor privado para, por exemplo, construir hidrelétricas e estradas “sempre que for a opção mais barata”.
Agradou.