As comemorações do dia da Mata Atlântica este ano terão um tom político mais alto do que nos anos anteriores.
No dia 22 de maio, 14h, no Museu Afro Brasil, em São Paulo, os defensores da Mata pedirão aos candidatos às eleições deste ano que assumam compromissos explícitos para proteger o que restou da Mata Atlântica e tentar recuperar as áreas degradadas.
As áreas bem conservadas e grandes o suficiente para garantir a biodiversidade no longo prazo não chegam a 8%, conforme dados da Fundação SOS Mata Atlântica/INPE.
Isso torna as ações de conservação e recuperação da Mata Atlântica uma prioridade para todas as esferas de governo e também para a sociedade.
Os defensores da Mata Atlântica querem que os candidatos assumam posição “firme, séria e consequente” no cumprimento das metas de criação de Unidades de Conservação e na recuperação de Áreas de Preservação Permanente – principalmente topos de morros e as margens dos rios - e das Reservas Legais dos imóveis rurais.
Também chamam atenção para o fato de que este é o Ano Internacional da Biodiversidade, e que os remanescentes de vegetação nativa da Mata Atlântica, mesmo reduzidos e distribuídos em milhares de pequenos e médios fragmentos, ainda guardam altos índices de biodiversidade de fauna e flora.
Além, de proteger a biodiversidade da Mata Atlântica – uma das mais altas do mundo – a sociedade civil e os representantes governamentais estão preocupados com os impactos da destruição da floresta sobre a vida das 123 milhões de pessoas que vivem na área de domínio da Mata Atlântica em 3.410 municípios.