Por Carol Pires e Rodrigo Alvares do estadao.com.br Os presidenciáveis José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Dilma Rousseff (PT) serão sabatinados na manhã desta quarta-feira, 19, durante a XIII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios.
Cada um terá 60 minutos de exposição individual para responder a nove questões do plenário da Confederação Nacional de Municípios (CNM).
Os três falarão para os cerca de 4 mil prefeitos esperados.
Dilma Rousseff 12h03 - Dilma: “A saúde é uma questao de dinheiro, de gestão e de respeito com a população”. 12h02 - A pergunta em debate, neste momento, é sobre os investimentos do governo federal em Saúde.
Dilma Rousseff deu uma resposta parecida com a de José Serra, do PSDB.
Disse que é preciso aumentar a arrecadação, mas também melhorar a gestão dos recursos.
A petista também apontou que alguns Estados federativos incluem na lista de gastos com Saúde o que não é Saúde. 11h55 – Leia no Estadão.com.br: Serra defende criação de uma força nacional permanente para calamidades 11h53 – A pergunta se repete: o que o governo de Dilma Rousseff faria para evitar fazer “bondade com o chapéu alheio”. “Eu sou contra fazer bondade com chapéu alheio.
Sou a favor de um dialogo para distribuir o chapéu, como distribuir o ônus e o bônus.
Isso se faz nem com cães nem com polícia”. 11h48 - Como de costume, Dilma fala no plural quando se refere a ela e ao governo Lula. “Fizemos um governo municipalista.
Vimos em vocês representantes legítimos do povo brasileiro”, disse, na abertura do debate. 11h45 - Dilma Rousseff está no palco.
Veste roupa preta, terno vermelho – a cor do PT – e exibe novo corte de cabelo, mais curto.
Marina Silva 11h40 - Marina deixou o palco e foi para uma sala reservada onde concederá entrevista coletiva.
José Serra também falou com a imprensa ao final do debate.
O que eles disseram poderá ser lido, daqui a pouco, no Estadão.com.br. 11h36 - Marina Silva se emocionou ao final do segundo debate da manhã.
Ao falar do PT, Marina parou, colocou a mão na garganha, como quem embarga a voz. “Não é facil vir aqui pela primeira vez em 30 anos sem ser mais do PT”. 11h34 - Pela segunda vez, ao citar o nome dos outros presidenciáveis, Marina se refere a Plínio Arruda Sampaio, pré-candidato do PSOL.
Mas Plínio não está entre os convidados.
Apenas Dilma Rousseff, do PT, José Serra, do PSDB, e Marina Silva foram convidados para o debate. 11h32 - Eleita senadora em 1994, Marina Silva chamou os senadores que ficam muito tempo no cargo de bonsais. “Não quero ficar mais 24 anos no Senado, porque quando você fica muito tempo no Senado você fica igual a um bonsai.
Paradinho, pequenininho, numa mesa. É melhor ser uma relva no campo do que um bonsai no Senado”. 11h27 - Os prefeitos perguntam a Marina o que ela fará, caso eleita, para resolver o problema das catástrofes naturais. “Esses efeitos não são naturais, são efeitos das mudanças climáticas”, respondeu a senadora do PV.
Marina Silva avocou sua experiência como ministra do Meio Ambiente do governo Lula e a defesa do Meio Ambiente pela qual ela luta há 20 anos. “Sábios são aqueles que aprendem com os erros dos outros.
Estúpidos são aqueles que não aprendem nem com os próprios erros.
Nós não estamos nem na fase dos estúpidos.
Nós já erramos aqui.
Aprendamos com os nossos erros e a não dar continuidade a morte anunciada de centenas de pessoas a cada ano”. 11h25 – Através de seu Twitter, a pré-candidata do PV divulga o live streaming de sua participação no evento: marinaweb 11h16 - Marina: “Eu sou senadora que posso votar, e sou candidata a presidente da republica que posso prometer.
Quando esta perto das eleições é uma maravilha.
Cada frase de efeito é um aplauso.
Mas depois cada pedido de vocês é um choro.
Eu sou uma das poucas que pode começar uma relação pelo princípio da verdade.
Se eleita irei trabalhar com todos vocês”. 11h15 - A pergunta, agora, é sobre a divisão dos royalties do petróleo do pré-sal.
Marina disse que os royalties devem ser investidos em uma nova tecnologia “para que possamos transitar para a economia de baixo carbono”. 11h07 - Marina aproveita a pergunta para lembrar a própria biografia.
Senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, foi analfabeta até os 16 anos. “A Educação é o que faz a diferença na vida de uma pessoa.
Digo isso porque fui analfabeta até os 16 anos.
E sei o que é para um pai para uma mãe não saber o que será do futuro do seu filho”. 11h03 - Dados do IBGE apontam: 8,8 milhões de crianças de 0 a 3 anos de idade estão fora da creche.
Cada criança na creche custa 61% a mais que o aluno do ensino médio.
Mas, na divisão dos recursos, o ensino médio recebe 50% a mais do que o da creche. “Como garantir que os município possam dar acesso a essas crianças na creche?”, pergunta-se a Marina Silva. 11h01 - Marina martela a idéia de uma reforma tributária.
No primeiro debate entre os presidenciáveis, no início do mês, ela também havia criticado os políticos que prometem fazer reformas políticas e tributárias, mas nunca o fazem. “Não estamos mais no tempo de fazer puxadinhos tributários.
Não encaramos o que é fundamental neste País, que é a reforma tributária”. 10h59 - “Marina Silva – se eleita presidente – insistirá na criação de um novo imposto para financiar gastos em Saúde ou defenderá que a União invista 10% das receitas correntes em Saúde?”, perguntam os prefeitos.
Hoje, Estados são obrigados a investir 12% em Saúde.
Municípios investem 15%. 10h56 - Como Serra, Marina Silva pontua o discurso com afagos aos prefeitos. “Não dá para continuar fazendo com que as prefeituras assumam responsabilidades sem que os valores dessas responsabilidades não sejam igualmente repassadas”. 10h55 - Dados da Marcha dos Prefeitos afirmam que, hoje, a execução de 309 programas federais é de responsabilidade dos municípios.
Os prefeitos reclamam que falta dinheiro para colocar esses programas em prática. 10h52 - A primeira pergunta dirigida à presidenciável do PV foi igual à feita a José Serra: “O governo dela continuará fazendo bondade com o chapéu alheio?”.
Marina defende que as desonerações tributárias, a exemplo do que o governo fez no ano passado, durante a crise financeira, não é algo ruim. É preciso, na avaliação dela, fazer uma otimização dos tributos.
Em outras palavras: uma reforma tributária. 10h49 - Nos dois minutos iniciais, em que deveria fazer uma saudação aos prefeitos, Marina Silva começou a falar sobre o Pacto Federativo que, segundo ela, “ficou inteiramente truncado”.
O tempo acabou e o microfone dela foi cortado sem que o pensamento fosse concluído. 10h46 - Marina Silva está rouca, se recuperado de uma gripe.
No último dia 8, quando os presidenciáveis participaram de um debate na Band News, a senadora também estava resfriada.
José Serra 10h44 - Confusão na saída.
Serra não conseguia deixar o palco, entupido por prefeitos, deputados e senadores.
Entre aos senadores, acompanhava Serra: Rosalba Ciarlini (DEM), pré-candidata ao governo do Rio Grande do Norte, e Garibaldi Alves (PMDB-RN), pré-candidato a reeleição ao Senado.
Marina Silva (PV) já foi chamada ao palco. 10h37 - Serra chega ao final do debate sob aplausos da platéia, que ficou de pé para ovacioná-lo. “Não sou do PSDB.
Sou do partido da Saúde no Brasil.
E no governo federal não serei presidente de um partido, serei presidente da nação brasileiro, de todos os municípios que para mim serão todos iguais”, disse Serra. “O Brasil pode mais.
E os municípios brasileiros podem muito mais”, bradou o presidenciável tucano. 10h33 – Estava previsto, no script, que fosse mostrado um vídeo sobre os prefeitos com pires na mão em Brasília.
Mas o vídeo não foi exibido.
Serra insistiu: “cadê o vídeo?
Foi tirado provavelmente a pedidos”, alfinetou.
Nos bastidores, assessores dizem que Dilma Rousseff quem pediu a ocultação das imagens. 10h29 - Paulo Ziulkoski comentou, há pouco, sobre o “calvário dos prefeitos de pires na mão, em Brasília”. “Os municípios receberam da União, desde 2007, mais de R$ 18 bilhões de transferências para a execução de obras e aquisição de equipamentos, grande parte das quais previstas em emendas individuais e liberadas sem qualquer critério técnico”, disse o presidente da Confederação Nacional dos Municípios. 10h26 - A palavra-chave na resposta dele é: prevenção. “Nós vamos organizar uma força nacional permanente para cuidar de calamidades.
Nós temos que ter um mapeamento definitivo de todas as áreas de risco no Brasil.
Isto não é impossível, não.
E atuar com rapidez.
Temos que ter mais recursos e transferência mais rápida dos recursos”. 10h20 - “Na minha opinião, num ano como este,nós temos que deixar essa questão para depois da eleição. É uma coisa que precisa ser pensava e trabalhada.
Em segundo lugar, para o futuro, o pré-sal demora ainda. É coisa para 2017, até 2020″. 10h17 - Serra não comprou briga com ninguém.
Defendeu que Rio de Janeiro e Espírito Santo – os principais estados produtores, ao lado de São Paulo – não sejam prejudicados.
Assim, a divisão dos royalties dos poços já licitados deve continuar como está, sendo a maior parte entregue aos produtores.
Sobre os royalties do pré-sal, ainda não explorados, Serra acha que o debate deve ficar para depois das eleições. 10h15 - A pergunta, agora é polêmica.
Os prefeitos querem saber se José Serra é favorável ou contra a divisão dos royalties do petróleo explorado no pré-sal igualmente entre os estados e municípios.
Hoje, os royalties do petróleo – cerca de R$ 11 bilhões anuais – beneficiam especialmente estados e municípios produtores. 10h09 - Para ilustrar a idéia, José Serra lembrou de um filme de Charles Chaplin, “O Grande Ditador”.
Na primeira cena do filme um marechal determina que a tropa avance.
O marechal passa a ordem para o general.
O general para o coronel.
O coronel para o major, depois para o capitão, para o tenente.
O tenente passa para o sargento, que vira para o Carlitos, que é o último.
E o Carlitos fica como o município nessa história.
Ele tem que avançar e a bomba explode no colo dele.
Serra disse que, se eleito, não fará distinção partidária. “Camisa eu só olho de time”, disse. “Se for palmeirense eu tiro foto primeiro.
Mas só foto”.
Perguntado, Ziulkoski, que é gaúcho, contou a Serra que torce para o Inter e a platéia se agitou: gritos e vaias. 10h02 - “A saúde não vai melhorar se continuar nesta toada.
Nós vamos revitalizar a Saúde, as ações dos municípios, dos Estados e a revitalização ativa do governo federal”, finalizou o tucano, com aplausos da platéia. 10h - Pergunta: “Serra irá criar um novo imposto para financiar gastos com Saúde?” Serra: “Criar ou não uma nova contribuição é preciso ser examinada num contexto de uma reforma tributária geral.
Não da para afirmar neste instante.
O que eu tenho segurança é que no caso da Saúde nós temos que ter uma melhor gestão. ‘Há lugares que uma estrada que passa na frente de um Hospital são contabilizados como gastos em saúde’”. 9h56 - Serra disse que, quando deixou o Ministério da Saúde, deixou entre 17 mil a 18 mil equipes do programa Saúde da Família em ação.
Segundo ele, foi mais do que fez o atual governo proporcionalmente. 9h53 – Serra, agora, precisa responder como ele irá resolver o problema do sub-financiamento dos programas sociais.
O entrevistador citou como exemplo o programa Saúde da Família, que tem custos de R$ 24 mil por equipe, dos quais apenas R$ 6 mil são financiados pelo governo. 9h49 - Primeira pergunta dirigida a José Serra: A autonomia dos municípios é constantemente violada pelo governo e pelo Congresso.
Os prefeitos perguntam: seu governo continuará fazendo bondade com o chapéu alheio?
Serra sugere que, numa conjuntura de crise futura, ao invés de o governo fazer renúncia fiscal, faça o que ele chama de “diferimento da arrecadação”.
No caso, o governo postergaria a cobrança de impostos e tributos e depois da crise cobrasse a dívida. “É muito errado fazer redução de impostos temporária e os municípios arcarem com as perdas”. 9h44 - O presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski, é o mediador do debate.
Ele explicou, há pouco, que a ordem dos debates foi escolhido por sorteio.
Os presidenciáveis terão 5 minutos para responder às perguntas.
São nove perguntas.
Serra: “Se eu vier a ser eleito, como eu espero, nós teremos uma relação produtiva, respeitosa”.
Foi aplaudido. 9h42 - Serra chegou, agora, e o mesmo locutor pediu para que os prefeitos acompanhassem o tucano até o palco.
Foi recebido com aplausos. 9h39 - Um locutor acaba de informar que o encontro está atrasado (há 39 minutos) porque o primeiro expositor (José Serra) estava com “problema para acessar o hotel”‘. 8h - Quase metade do auditório do hotel Royal Tulip Towers, em Brasília, já estava cheio, à espera dos presidenciáveis José Serra, do PSDB, Dilma Rousseff, do PT, e Marina Silva, do PV.
O tempo será divido entre exposição individual e debate com os prefeitos.
As perguntas devem abordar temas como educação, saúde e pacto federativo.
Serra é o primeiro a falar.
Por volta das 3h30 da manhã de hoje, ele ainda estava acordado, postando comentários no Twitter. “Cheguei há pouco a Brasília.
Amanhã de manhã, vou falar no encontro da combativa Confederação Nacional de Municípios”, publicou o tucano, pouco antes de se desconectar da rede.