De Merval Pereira do blog do Noblat Os últimos dias trouxeram boas notícias para o presidente Lula em ambos os fronts em que atua com disposição inusitada para quem está em fim de mandato.

No front interno, seu esforço acima da lei teve a recompensa de levar pela primeira vez sua candidata à liderança de duas pesquisas eleitorais.

Seria a comprovação de que o crime compensa.

No plano externo, o governo brasileiro saiu-se bem de uma empreitada arriscada ao fechar um acordo tripartite com Irã e Turquia sobre enriquecimento de urânio.

Os dois assuntos se entrelaçam em ano eleitoral, com a política externa ganhando um destaque nunca anteriormente registrado em campanhas presidenciais.

Este não é um fenômeno apenas brasileiro, mas recorrente no novo mundo multipolar, especialmente em países que surgem como lideranças emergentes.

O fato de que Lula tem sido destacado pelos meios de comunicação internacionais como dos principais líderes mundiais ganha especial relevo na campanha petista, que, paradoxalmente, tenta desqualificar a importância da mídia nacional.

Nem as pesquisas, porém, indicam que a vitória de Dilma Rousseff são favas contadas, nem o acordo resolve o impasse sobre o programa nuclear iraniano.