Por Luiz Fernando Vianna, da Folha Online O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, recordou em entrevista à rádio “Tupi”, no Rio de Janeiro, sua militância contra o regime militar.
Ontem, no programa político de seu partido, a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacaram a participação da ex-ministra na luta contra a ditadura.
Ela chegou a ser comparada ao líder sul-africano Nelson Mandela, por ter apoiado ações armadas e, depois, atuado na democracia. “No golpe militar [em 1964, quando era presidente da União Nacional dos Estudantes] eu estava aqui no Rio, as pessoas me recebiam, mas com muito medo, eu tinha uma cara muito conhecida e era muito persegudo.
Naquela época, a UNE era uma entidade mais forte”, disse hoje Serra.
Dizendo-se “um sobrevivente do Estádio Nacional”, numa referência ao local da capital chilena, Santiago, onde muitas pessoas morreram após o golpe militar de 1973, comandado por Augusto Pinochet, o tucano também relatou os interrogatórios por que passou no Brasil após voltar do exílio, passado no Chile. “Fui interrogado na época da ditadura.
Dois ou três dias seguidos, 12 a 16 horas”, afirmou.