AE - Agência Estado O PT do Senado começou a recolher assinaturas para votar em regime de urgência o projeto Ficha Limpa, que barra a candidatura de políticos condenados pela Justiça.

A votação rápida da proposta é reação dos líderes partidários às declarações do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), que disse que o Ficha Limpa “não é um projeto do governo, é da sociedade”.

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e relator do projeto, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), anunciou que apresentará seu parecer na quarta-feira.

A ideia é votar o projeto no mesmo dia. “Avalio que o governo do presidente Lula é sensível aos interesses da sociedade.

Por isso, vamos defender a urgência para o Ficha Limpa”, disse o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), encarregado pela liderança do PT de conseguir assinaturas para dar prioridade à votação do projeto.

Para o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o Ficha Limpa “é uma aspiração nacional, uma necessidade que amadureceu na consciência do País”.

Sarney afirmou que vai trabalhar para que a proposta seja votada rapidamente.

Alvo de críticas, Jucá reafirmou ontem que o Ficha Limpa não pode ser votado a toque de caixa no Senado. “Não dá para votar um projeto sem discutir.

Essa proposta ficou quase oito meses na Câmara e precisa ser debatida no Senado”, afirmou. “Não sei o motivo dessa loucura agora de aprovar correndo o projeto.” Na opinião do líder, as novas regras de inelegibilidade de políticos não terão validade para as eleições de outubro deste ano.

As informações são do jornal O Estado de S.

Paulo.