Os empresários não gostam da palavra inflação para tratar do assunto e preferem o termo valorização, mas a realidade é que a pressão pelos salários cresceu bastante depois que a demanda cresceu no entorno de Suape, depois da chegada dos grandes projetos estruturadores.

Na área de construção civil, por exemplo, um carpinteiro ganhava cerca de R$ 600 por mês.

Agora, recebe mais de R$ 1 mil. É a velha lei da oferta e procura.

Quando há poucos operários para mais serviço, o salário cresce.

Engenheiros, por exemplo, ficavam sobrando, batendo um no outro.

Médico do trabalho também está em falta.

E os salários subiram muito também.

O diretor presidente do Senai em Pernambuco, Antônio Carlos Maranhão de Aguiar, conta que um soldados já está ganhando cerca de R$ 2 mil por mês. “A empregabilidade está tão alta que mais de 76% que saem dos cursos já estão empregados”, frisa.

Com o boom das obras, o Senai em Pernambuco já dobrou o número de incrições para formação de pessoal.

De 20 mil por ano, já são mais de 46 mil agora em 2010, com ganhos na interiorização do desenvolvimento.

Outra boa notícia é o aumento das receitas de contribuição feitas pelas empresas que pagam para formar mais mão de obra qualificada.

Até 2006, o Senai de Pernambuco recebia cerca de R$ 20 milhões por ano. “Hoje, o valor dobrou, acompanhando a elevação do emprego industrial” Suape tem fila de mais de 2 mil soldadores em espera por formação