Jarbas Avatar Por Isaltino Nascimento Jarbas Vasconcelos disse que vai mostrar no Guia Eleitoral que fez mais do que o governador Eduardo Campos.
Por tratar-se de uma missão impossível tenho duas sugestões de diretores para o seu guia eleitoral: James Cameron, do filme Avatar, ou Larry Wachowski, de Matrix.
Isso porque os dois conseguem criar mundos totalmente ficcionais.
Jarbas disse também que o governo Eduardo Campos “é beija-flor”, por que o seu governo faz muita coisa. É natural que pense assim, considerando-se que em oito anos de governo fez apenas uma obra.
Mais interessante é que Jarbas sai agora do nada, três anos e meio depois de deixar o poder, para reclamar que não foram feitas coisas que ele mesmo deixou de fazer.
Diz que o mundo não começou em 2007 e tem razão, mas só em parte.
Pois Eduardo foi obrigado a começar em 2007 muitas coisas que deveria ter sido feitas nos longos oito anos da chamada era Jarbas.
Por omissão, falta de decisão política, ou de capacidade de gestão de Jarbas, Eduardo começou a enfrentar a tragédia da violência urbana, que dizimava quase 5 mil pessoas por ano sob os governos Jarbas.
E os resultados estão aí e são reconhecidos por todos os pernambucanos.
Por omissão ou falta de capacidade dos governos Jarbas, Eduardo foi obrigado a começar a reconstrução da escola pública, fisicamente destruída – seis delas desabaram entre outubro/2006 e março/2007 –, pois quando assumiu o governo Pernambuco ostentava os piores indicadores de qualidade entre todos os Estados brasileiros.
Por omissão ou falta de capacidade dos governos Jarbas, Eduardo foi obrigado a começar a reconstrução da saúde pública, sufocada por déficit de mais de 5 milhões de atendimentos mês, com a construção de novos hospitais e UPAs, a contratação de médicos e a revolução da gestão com a contratação de OSs.
Por omissão ou falta de capacidade dos governos Jarbas, Eduardo foi obrigado a começar a tirar do papel os grandes projetos estruturadores de Suape, liberando área para a refinaria e o estaleiro, definindo legislação de estímulo fiscal e mobilização permanente dos investidores para que se sintam bem vindos ao Estado.
Por omissão ou falta de capacidade dos governos Jarbas, Eduardo foi obrigado a começar a interiorizar o desenvolvimento, levando dezenas de grandes empresas a se instalarem no interior, proporcionando a todos os pernambucanos a oportunidade de participar do momento especial que estamos vivendo.
Enfim, a relação é imensa das coisas que Eduardo não precisava, mas foi obrigado a começar simplesmente por que nos oito anos em que foi governo o senador Jarbas Vasconcelos tirou férias em excesso, participou de eventos noturnos além da conta e deixou o Pernambuco atrasado em muitas coisas que precisavam ser feitas.
Isaltino Nascimento (www.isaltinopt.com.br / www.twitter.com/isaltinopt), deputado estadual pelo PT e líder do governo na Assembleia Legislativa, escreve para o blog todas às terças-feiras.