Veja a íntegra do discurso no programa: A reativação da indústrial naval, por meio de iniciativas como o Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef), de 2004, fez com que, hoje, 45 mil pessoas trabalhem no setor.
Para o presidente, “é muito importante” que a construção do navio tenha sido feita inteiramente em solo brasileiro, porque significa não apenas geração de emprego e renda, mas também consumo de matéria-prima local (aço) e estímulo à atividade econômica em geral. “Eu fiquei muito orgulhoso porque os trabalhadores que trabalharam em Pernambuco foram trabalhadores que trabalhavam cortando cana, pessoas que não tinham nenhuma profissão, pessoas que eram considerados brasileiros de terceira categoria.
Depois do estaleiro, nós formamos essa gente, profissionalizamos essa gente, e eles viraram cidadãos, ou seja, passaram a ter uma profissão, passaram a ter um salário, e quando eles viram que eles colocaram no mar aquele navio daquele tamanho, eu acho que todos eles vão passar muito tempo sem dormir, imaginando do que eles são capazes.
Precisou apenas dar uma oportunidade para que eles pudessem dar uma demonstração de que quando um ser humano tem vontade, não existe limite para a competência e para a capacidade humana”.
Hoje, além do estaleiro em Pernambuco, há também no Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, aonde o presidente pretende ir breve inaugurar um dique seco.
E mais dois estão em construção: na Bahia e no Ceará. “Nós estamos construindo uma poderosa estrutura para termos uma poderosa indústria naval neste país.
Nós queremos ser exportadores de sondas, de plataformas e de navios”, disse Lula.
O presidente fez questão de destacar a homenagem a João Cândido, cujo nome batizou o navio.
Marinheiro, João Cândido foi perseguido e mandado embora da Marinha, por ter se rebelado contra a prática de punições com chibatadas.
Morreu na miséria. “Nós colocamos o nome do João Cândido em homenagem a um homem que merece ser lembrado.”