Vergonha: Prefeitura de Olinda coage e demite médica do PSF Depois de sofrer perseguição e coação para “furar” o movimento de paralisação da categoria, a médica Déborah Araújo que trabalha no PSF/ Jardim Brasil II, foi demitida sumariamente nesta sexta-feira (7), por telefone pela gestão municipal de Olinda. É inadmissível a postura equivocada do atual governo olindense que se auto intitula popular e socialista, mas que usa de métodos antidemocráticos para reprimir o movimento legítimo dos servidores médicos.

O Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) repudia a atitude ditatorial da Secretaria Municipal de Saúde.

Desde de outubro do ano passado, o Simepe vem mantendo em bom nível as discussões com os representantes de Prefeitura sobre os problemas na rede municipal saúde, principalmente, em questões relacionadas com as condições de trabalho, equipes de plantão desfalcadas, sobrecarga de trabalho, baixos salários e sucateamento dos postos de saúde da família e policlínicas.

No último dia 23 de abril, o Sindicato participou de reunião coordenada pela Promotoria de Cidadania e Saúde de Olinda, com a Secretária de Saúde, Tereza Miranda.

Foram quatro horas de discussões, esclarecimentos e posicionamentos sobre os mais diversos problemas relativos à saúde pública e, sobretudo, ao movimento de valorização do trabalho médico 2010.

Promotoria encaminhou deliberações, com prazos, para as Secretarias Estadual e Municipal de Saúde e ao prefeito Renildo Calheiros, no sentido de viabilizar às reivindicações e os pleitos solicitados pelo Simepe.

Até hoje sem respostas.

O médico diarista recebe cerca de R$ 882,00 de salário-base, considerado o pior salário do Brasil.

Convocamos todos os médicos que trabalham na Prefeitura de Olinda para continuar na luta por melhores condições de trabalho, de atendimento à população e por salários dignos.

Manifestamos nossa irrestrita solidariedade à colega Déborah Araújo que em momento algum cedeu às pressões utilizadas pela municipalidade. “Olinda quero saúde, respeito e dignidade” ecoando pelos quatro cantos, ladeiras, córregos e alagados, contemplando teu futuro num grito de liberdade!

Pedimos a participação e o envolvimento das entidades representativas da sociedade civil organizada, em busca da qualidade da saúde na Marim dos Caetés”.

Os médicos e a população merecem uma saúde melhor.

A Diretoria Recife, 08 de maio de 2010