Angelo Castelo Branco, especial para o Blog de Jamildo Quando o senador e presidente do PSDB Sergio Guerra confirmou o que as especulações já antecipavam e declarou-se candidato à Câmara Federal deixando uma vaga aberta para o Senado na chapa de Jarbas Vasconcelos, nada mais fez do que cumprir um ritual rigorosamente adequado às prudentes estratégias do presidenciável Jose Serra.

Alem de coordenador da campanha eleitoral do próprio Serra e mais ainda presidente do PSDB, Guerra não poderia correr riscos que poderiam repercutir negativamente na campanha de Jose Serra haja vista sua dianteira na sucessão de Lula.

Numa linguagem mais clara, Sergio Guerra não poderia ficar para trás em nenhum momento das pesquisas na corrida para o Senado em Pernambuco porque essa possibilidade iria fatalmente ser usada como arma eleitoral contra Jose Serra.

O PT poderia lançar mão de argumentos pelos quais uma eventual fragilidade de Sergio Guerra remeteria também a um igualmente eventual fraco desempenho do candidato tucano na sucessão presidencial em Pernambuco e exploraria esse detalhe, quem sabe, em outras regiões.

A associação de fatos seria ruim para o PSDB e Guerra não deveria correr esse risco.

Esse detalhe foi precioso nas ponderações da cúpula tucana e a decisão de Guerra pela Câmara Federal foi uma solução adequada ao momento político nacional.

Todos estão satisfeitos e cabe aos senadores Jarbas Vasconcelos e Marco Maciel discutirem uma solução adequada para a vaga ao Senado que, aliás, cairia muito bem no perfil do ex-governador e deputado Roberto Magalhães.

Há outros nomes igualmente densos como o do médico e ex-secretário de Saúde Guilherme Robalinho e o do deputado Raul Jungmann do PPS.

Essas escolhas vão movimentar o cenário da oposição pernambucana daqui para frente.