“Esse evento é muito especial para mim.

Começamos a lutar para construir este navio, este estaleiro, desde 2003.

Acho que é uma vitória hoje. É uma imensa sensação de vitória.

E eu fiquei muito emocionada quando eu vi o navio saindo, sendo rebocado pelo rebocador porque diziam que isso era inviável, que era impossível, que nós iríamos prejudicar a Petrobras se a gente resovesse comprar os navios da Petrobras aqui.

Iniciamos este processo do nada.

A indústria naval brasileira estava praticamente imobilizada.

Tinha dois mil funcionários, hoje tem 40, 45 mil.

Além disso, é um processo importante porque os estaleiros não estão concentrados como era antes, só num lugar, só no Sudeste brasileiro.

Você tem hoje estaleiro no Nordeste, em Pernambuco, Bahia vai ter estaleiro, tem no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul…

Enfim, houve um processo de desconcentração.

Agora o mais importante de tudo são os depoimentos.

Já tinha visto uns depoimentos quando o pessoal estava sendo formado.

Tinha um local aqui que era o nascedouro de talentos.

Lá eu vi soldadores, caldeireiros, mecânincos, pintores, eletricistas sendo treinados.

O testemunho deles é que eles eram trabalhadores eventuais, viviam de bico.

Eram trabalhadores sem carteira assinada, sem profissão, muitos eram pescadores, as mulheres domésticas, os homens, cortadores de cana.

Aí você vê hoje esse pessoal com um imenso orgulho da profissão e, além disso, com essa capacidade enorme de prover sua família, de cuidar dela. É isso que vale quando você faz política pública no Brasil.

Para mim, hoje é um dia que eu posso falar assim: valeu a pena”.