OUÇA O DISCURSO O lançamento ao mar do primeiro navio da Transpetro e que marca a retomada da indústria naval brasileira, teve como tônica uma saraivada de críticas diretas e indiretas à oposição, além dos pedidos explícitos de continuidade do governo Lula, ao lado de louvações ao nome da ministra Dilma Rousseff, candidata do PT à presidência da República.
O presidente Lula, que batizou com um espumante o primeiro navio do Estaleiro Atlântico Sul (EAS), no porto de Suape, em Pernambuco, também encerrou seu discurso com a diexa. “O que nós fizemos no Brasil não pode mudar.
Se a gente deixar, o Brasil pode regredir.
Nós sabemos que para fazer é difícil e para derrubar é fácil”, afirmou. » Acompanhe a cobertura da visita de Lula em tempo real O navio inaugurado hoje é a primeira embarcação de grande porte construída no Brasil a ser entregue ao Sistema Petrobras em 13 anos.
A última havia sido o Livramento, cuja construção foi encomendada em 1987 e levou 10 anos para ser concluída.O navio petroleiro tem 274 metros de comprimento, com capacidade para um milhão de barris de petróleo (metade da produção diária nacional), e será utilizado, principalmente, para o transporte de longo curso (viagens internacionais).
O primeiro a fazer média foi o presidente das empresas de construção naval, Ariosvaldo Rocha.
Ele disse que a ex-ministra foi escolhida, carinhosamente, como madrinha do setor.
Recebeu aplausos ralos, possivelmente para evitar a denúncia de uso eleitoral do evento. “Vim pedir a vocês a continuidade.
Parem e pensem.
Embora não possamos voltar atrás, nós podemos ter um novo final.
Precisamos dar continuidade a este governo” » Veja a cobertura completa Depois dele, o sindicalista Betão, dos metalúricos, foi o segundo a tratar de louvar a ministra, chegando a pedir votos de forma aberta. “Como Lula não quer (um terceiro mandato) temos a responsabilidade de escolher quem ele indicar no Nacional e em Pernambuco” Quando se despediu, o rapaz desejou a todos um ‘Bom Dilma para Todos’.
Em um discurso ensaiado, todos os oradores frisaram a determinação do presidente Lula para que fosse retomada a construção de navios e plataformas de produção de petróleo no País, em 2004, para revitalizar a indústria naval em bases globalmente competitivas, a partir da encomenda de 49 navios.
O presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, reclamou da oposição que chamou o estaleiro de virtual. “Hoje, o estaleiro é sólido como o aço. É maravilhoso”, afirmou, elogiando ainda os empresários e os bancos que financiaram o projeto.
O presidente da Transpetro, Sérgio Machado, também aproveitou o discurso para desancar a oposição. “O Brasil de hoje não é o Brasil de oito anos atrás, que discutia inflação e corte de investimentos.
Hoje, o mundo reconhece o Brasil por sua grandeza”, afirmou, como que desconhecendo os desafios enfrentados para estabilizar a economia nacional, antes do plano Real.
No final do evento, Lula disse que o segundo navio do PAC será lançado no dia 10 de junho, no Rio de Janeiro, e convidou-se a ele mesmo para voltar a Pernambuco e ver o segundo navio construído no Atlântico Sul.
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