Por Marcelo Portela dO Globo Os dois petistas que disputam a indicação do PT para o governo de Minas, Patrus Ananias e Fernando Pimentel, negaram ontem que a realização de prévias no partido seja apenas formal.

Mas ambos assumiram que haverá acordo com o PMDB para a formação de palanque único no estado para a pré-candidata à Presidência Dilma Rousseff e descartaram a possibilidade de uma intervenção da Executiva Nacional no diretório estadual para a definição da chapa.

Durante todo o dia, petistas de todo o estado foram às urnas para escolher o nome que será apresentado ao PMDB, que defende a candidatura do ex-ministro Hélio Costa para o governo mineiro.

Patrus, que chegou na sede do partido em BH para votar no fim da manhã, foi mais duro na defesa de uma candidatura petista e disse que a aliança vai ser um processo de “construção”.

Mas ressaltou que a prioridade da legenda é a eleição presidencial. - Na história do Brasil e na história do Partido dos Trabalhadores, Minas Gerais nunca foi tratado como moeda de troca.

Nós sabemos a importância de Minas no cenário nacional.

Se o projeto nacional é prioritário, se é prioritária, e é, a candidatura da ministra Dilma à Presidência da República, porque nós temos o Brasil como referência maior, é claro que o projeto nacional passa pelas mediações regionais - afirmou.

Pimentel, que chegou para votar no início da tarde, também defendeu a definição de um nome petista para as eleições estaduais, mas salientou que a decisão do diretório nacional de coligação será acatada. - Estamos escolhendo o candidato do PT para representar nossa legenda na eleição de 2010.

Agora, vai haver um acordo sim com o PMDB porque há uma determinação nacional de construirmos um palanque único em Minas Gerais.

Nós vamos seguir essa política.

Vamos negociar com o PMDB, vamos fazer o palanque único - salientou.

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