Por Jorge Cavalcanti, do Jornal do Commercio O fim do mistério em torno da disposição do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) em disputar pela quarta vez o governo do Estado tende a ser antecipado em um dia.
O peemedebista havia remarcado a data para a próxima sexta-feira (7), mas para que não coincida com a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Pernambuco para o lançamento do primeiro navio ao mar pelo Estaleiro Atlântico Sul, no Porto de Suape, planeja agora fazer o anúncio na quinta-feira (6).
A antecipação em um dia pode parecer pouco, mas para os oposicionistas no Estado, principalmente os pré-candidatos, será 24 horas a menos de angústia e curiosidade.
O senador viaja hoje para Brasília e retorna na quarta-feira, dia da final do Campeonato Pernambucano entre Sport e Náutico.
Rubro-negro, ele vai assistir ao jogo na Ilha do Retiro.
Por isso, pessoas próximas ao senador que admitem a possibilidade de antecedência apontam a quinta-feira como o dia mais provável. “Quanto mais cedo, melhor.
Já que chegamos a esse nível de indefinição, todos aprovariam que a decisão fosse antecipada”, disse um parlamentar da oposição, em reserva, que prefere não opinar se o senador será ou não candidato. “Não faço a mínima ideia.
O que sei é que ele não comentou nem com as pessoas mais próximas”.
Para os oposicionistas, as declarações mais recentes do senador Sérgio Guerra (PSDB) – outro que vive um dilema sobre ser candidato à reeleição numa eleição acirrada ou garantir uma cadeira na Câmara dos Deputados com mais facilidade – apontam para um Jarbas candidato. “Jarbas decidiu ajudar José Serra (à Presidência da República) e está sinceramente empenhado nisso, de forma real e concreta”, disse o tucano no último sábado ao O Estado de S.Paulo.
De acordo com o jornal, o peemedebista teria sido convencido a concorrer ao ouvir de Serra, num encontro no dia 20 de abril, que sua candidatura era “fundamental” para o projeto de derrotar a presidenciável do PT, Dilma Roussef.
Guerra vem sendo pressionado a concorrer ao Senado, sob pena de fragilizar ainda mais a oposição.
Para evitar tal avaliação, demonstrou sintonia com Jarbas. “Combinei com Jarbas que não tomaria nenhuma decisão que não fosse nossa, minha e dele (..) Muitas questões precisam ser resolvidas e ambos estamos dispostos a encarar essas questões”, disse.
Nos bastidores, uma das exigências do peemedebista para enfrentar o governador Eduardo Campos (PSB) é com Guerra e o senador Marco Maciel (DEM) completando a chapa majoritária.