Do Jornal do Commercio Os líderes dos partidos de oposição estão empenhados em encontrar uma alternativa para segurar o senador Sérgio Guerra (PSDB) na chapa majoritária, que poderá ser encabeçada pelo senador Jarbas Vasconcelos (PMDB).
O peemedebista só anuncia a sua decisão no dia 7 de maio.
A operação “segura Guerra” foi deflagrada com mais intensidade ontem, um dia após o encontro entre ele e Jarbas, em Brasília.
Guerra não disse com todas as letras que não será candidato à reeleição, mas também não falou que sim.
Diante do impasse, os correligionários ofereceram o cargo de vice-governador.
Dessa forma, o líder maior do PSDB no Estado estaria colocando a sua força política e eleitoral na majoritária.
A função, considerada a mais leve da chapa, deixaria ele à vontade para conciliar essa missão com a tarefa de coordenar a campanha do presidenciável do PSDB, José Serra.
Além do mais, esse gesto levaria o grupo de Guerra a firmar um pacto com a campanha de Jarbas.
Isso porque muitos dos prefeitos ligados ao tucano estão, nos bastidores, apoiando a reeleição do governador Eduardo Campos (PSB) em troca de benefícios para os municípios.
A maioria, inclusive, já foi filiada ao PSB.
As pesquisas de opinião realizadas pelos partidos – tanto governistas como oposicionistas – apontam o favoritismo de Eduardo, fortalecendo, com isso, os candidatos governistas ao Senado.
Tanto as campanhas para o Senado como para a vice-governadoria são de risco para Guerra.
O cenário muda quando o seu nome é colocado para a Câmara dos Deputados.
Nesse caso, a eleição é segura.
Mas a oposição ainda espera que o tucano ajude Jarbas como foi ajudado por ele na campanha de 2002.
Naquele ano, o peemedebista venceu.
Guerra e Marco Maciel (DEM) – que confirmou sua candidatura à reeleição – também foram eleitos.