Do IG Ao mesmo tempo em que evitou nesta terça-feira a polêmica gerada pelas declarações do deputado Ciro Gomes (PSB-CE), a pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse que quer uma reaproximação com o parlamentar.

Depois que o PSB demonstrou disposição de não ter candidato próprio à sucessão presidencial, o que será anunciado nesta tarde, Ciro Gomes passou a lançar farpas contra Dilma e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao mesmo tempo em que elogiou o pré-candidato José Serra (PSDB), de quem é inimigo político. “Não vou responder ao deputado Ciro Gomes.

O deputado Ciro Gomes sempre esteve ao nosso lado, espero que ele volte a estar de uma forma mais próxima agora”, disse Dilma a jornalistas antes de participar de um evento promovido pelo sindicato dos caminhoneiros. “Para mim, o Ciro sempre foi um apoio”, resumiu.

Em terceiro lugar, o deputado tem 9 por cento de intenção de voto na mais recente pesquisa Datafolha.

Nesta terça, estava programado que Serra estaria na Bahia, visitando as cidades de Alagoinhas e Feira de Santana.

Contra Ministério de Segurança Pública A petista criticou a ideia de Serra de criar um ministério para cuidar especificamente dos problemas de segurança pública do país.

Trata-se de proposta de sua campanha presidencial de 2002 que foi repetida na segunda-feira. “Não vejo muito a importância disso.

Agora, acho que o foco em segurança pública é muito importante”, comentou.

A ex-ministra da Casa Civil disse que tem o que mostrar ao eleitorado nos debates sobre o tema.

Argumentou, por exemplo, que o governo federal criou a Força Nacional de Segurança Pública, investiu na Polícia Federal e criou uma política penitenciária que separou os chefes do crime organizado dos demais presos.

Durante o evento que participou, Dilma voltou a culpar os governos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) pelos gargalos no setor de infraestrutura, acrescentando que os tucanos representam o “atraso e a estagnação”. “O Brasil precisa impedir aquela política de roda presa… que colocou o país no acostamento”, pontuou, direcionando seu discurso aos caminhoneiros, público do congresso. “Vamos pavimentar juntos estradas da vida e não da morte… queremos manter a rota junto com vocês.” Ela defendeu a criação de programas de crédito facilitado para a renovação da frota do país, e lembrou que o governo Lula investiu para recuperar, sinalizar e construir estradas.