Deu no estadao.com.br Para pressionar o PT, o PMDB mineiro decidiu avançar nas articulações com outros partidos visando à composição da chapa majoritária em Minas.

Irritados com a disputa entre os pré-candidatos Fernando Pimentel e Patrus Ananias e a disposição do PT estadual de empurrar para o fim de maio a definição do candidato da base aliada no Estado, os peemedebistas resolveram “tocar” a pré-campanha de Hélio Costa e ensaiam um acordo com o PDT, cortejando a legenda com uma possível vaga de vice na chapa.

Nos bastidores, já se fala nos nomes do deputado federal Mário Heringer e o deputado estadual Zezé Perrella - que é presidente do Cruzeiro - para o posto.

As conversas avançam também com o PR, que tem como pré-candidato ao Senado o ex-vice-governador Clésio Andrade, presidente regional do partido.

Apesar do apelo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por um palanque único em Minas para a presidenciável Dilma Rousseff, os peemedebistas desconfiam que a estratégia do PT mineiro é jogar com o tempo e tentar “desidratar” a pré-candidatura de Costa, que até então lidera as pesquisas de intenção de voto. “A preferência até o momento é do PT, mas temos de fechar a chapa.

A conversa com o PDT tem sido muito boa.

Estamos aparando arestas para o partido vir inteiro conosco”, observou ontem (26) o presidente estadual do PMDB, deputado Antônio Andrade.

No próximo domingo, 2, serão realizadas as prévias para a escolha do nome petista, mas o presidente do PT-MG, deputado Reginaldo Lopes, reitera que o vencedor ainda terá de ser submetido à aprovação no encontro estadual, marcado para os dias 21, 22 e 23 de maio.

Por um entendimento prévio, caso Costa seja mesmo o cabeça de chapa, a vaga de vice ficaria com um petista - o nome mais falado é o do deputado Virgílio Guimarães - e o vencedor das prévias seria indicado para o Senado.

Recentemente, durante um jantar em Brasília, as cúpulas nacionais do PT e PMDB estabeleceram o dia 9 de maio como prazo final para o anúncio do candidato em Minas.

Mas o PT estadual, comandado por aliados de Pimentel, reagiu com irritação e não endossou o acordo.

Agora, o PMDB fala em não impor mais prazo para a definição.

O objetivo é tentar estabelecer acordos no âmbito regional, deixando os petistas numa situação de isolamento. “Se fecharmos a composição de chapa com algum partido, não temos depois como voltar atrás”, alertou Andrade. “Não é o PMDB que está dificultando”.

Nesta segunda-feira, 26, após um almoço com representantes do PC do B, Costa voltou a fazer afagos aos pedetistas, afirmando que possui ótima interlocução com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, e mantinha relações de amizades com o ex-governador Leonel Brizola. “Estamos fazendo um entendimento suprapartidário”, destacou. “Nós estamos numa campanha eleitoral.

Cada dia é importante”.

Leia mais.