De Gerson Camarotti e Maria Lima dO Globo Com grave problema de palanque no Paraná, com disputa entre aliados, o núcleo de coordenação de campanha do PT decidiu vetar, à última hora, a viagem que a pré-candidata Dilma Rousseff faria hoje a Curitiba.
No roteiro estavam previstos, inclusive, visita a uma obra social da Igreja Católica de reabilitação de drogados e encontro com evangélicos.
O comando petista preferiu cancelar a viagem para evitar a repetição de problemas recentes, como os ocorridos nas passagens dela por Minas Gerais e Ceará.
O impasse no Paraná é motivado pela veto do senador Osmar Dias (PDT), candidato ao governo, à candidatura ao Senado da petista Gleisi Hoffman.
Ele queria que Gleisi integrasse sua chapa como vice, para abrir espaço para negociações com o ex-governador Roberto Requião (PMDB), candidato ao Senado.
Mas o PT local investe na candidatura de Gleisi ao Senado.
Diante do impasse, Osmar Dias disse ontem que para ele as conversas com o PT estão encerradas, e agora caberá ao partido de Dilma Rousseff resolver como ficará o palanque dela no estado.
Ele disse que o acordo inicial, firmado em julho de 2009, era que Gleisi Hoffman seria vice, e a base aliada teria um único candidato ao governo: — Aqui eu encerrei as conversas com o PT, porque estavam fazendo mais desaforos que conversando de verdade.
Como o PT encerrou as conversas comigo e não fui procurado pelo diretório nacional, não quero opinar sobre o cancelamento da vinda de Dilma ao Paraná.