Do Jornal do Commercio de hoje O governador Eduardo Campos (PSB-PE), o deputado Paulo Rubem (PDT-PE), a Polícia Militar de Pernambuco e a empresa de manutenção Conserbens, que presta serviço à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), foram lembrados ontem pelo Grupo Gay da Bahia no 20º Triângulo Rosa, espécie de Oscar dos homossexuais.
Mas, enquanto Campos e Rubem foram citados como “amigos dos homossexuais”, a empresa e a PM tiveram menção negativa, por terem proibido o uso de banheiros femininos da Alepe por travestis e transexuais, sendo agraciadas com o Troféu Pau de Sebo.
Eduardo Campos foi homenageado pela criação da Coordenadoria LGBT e por oficializar a concessão de pensão ao companheiro de funcionário homossexual.
O governador, contudo, ainda não foi informado do preito.
Já Paulo Rubem recebeu o Triângulo Rosa “pelo projeto de lei propondo a alteração do artigo 1.717 do Código Civil, para contemplar as uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo”, segundo o site do GGB, mais antiga entidade do gênero no Brasil.
A empresa de manutenção da Alepe e a PM, por outro lado, foram classificadas como inimigas dos gays, segundo o Grupo Gay da Bahia, por atitude considerada preconceituosa.
Em novembro do ano passado, funcionários da Conserbens reprovaram o uso do banheiro feminino por travestis.
Incomodados com a situação, eles chamaram PMs que trabalhavam no local, que tampouco os ajudaram.
O episódio ocorreu durante uma audiência da Frente Parlamentar LGBT.
Depois da reclamação da presidente da Associação do Movimento de Travestis e Transexuais (Amotrans), Gleiciane Andrade, os deputados estaduais Isaltino Nascimento (PT) e Jacilda Urquiza (PMDB) contornaram o problema ao determinar o acesso dos travestis.
Os cantores Roberto Carlos e Wando também receberam o Triângulo Rosa.
Já entre outros incluídos no Troféu Pau de Sebo estão o presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo, por uma declaração considerada preconceituosa pelo GGB, e a direção da escola de samba Gaviões da Fiel, que expulsou um grupo de gays por dançarem de forma “afeminada”.
Segundo o antropólogo Luiz Mott, ativista homossexual e criador do Oscar gay, a intenção da premiação é estimular autoridades e personalidades “a defenderem com coragem a cidadania plena dos homossexuais e inibir a intolerância homofóbica”.
Mais detalhes estão no site www.ggb.org.br.
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