Da Veja Online O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, afirmou nesta quarta-feira, em entrevista ao telejornal SBT Brasil, que os temas da saúde e da segurança são os mais críticos do Brasil atual.
Segundo Serra, a saúde não “regrediu nos últimos anos, mas também não foi para frente”.
Como as pesquisas de opinião mostram uma visão crítica da população em relação à saúde, o tucano, mesmo que de forma leve, tentou colar esse ponto negativo ao governo Lula e de sua candidata, Dilma Rousseff (PT).
Pesquisas internas qualitativas do PSDB mostram que, apesar de ser vista como problemática pela maior parte da população, a saúde tem repercussões positivas para a imagem do governador.
Serra continua sendo lembrado pela criação dos remédios genéricos.
Várias pessoas ouvidas afirmaram que a quantidade e variedade de remédios nos postos estaduais de saúde em São Paulo deve-se à ação de Serra.
O governador também é tido como uma pessoa “preocupada com a saúde das pessoas” e a lei paulista de restrição ao fumo contribuiu para isso.
Não por acaso, uma das propagandas mais veiculadas pelo governo de São Paulo na televisão trata das AMEs (ambulatórios de especialidades).
No caso da segurança, os tucanos comemoram a queda no número de assassinatos em São Paulo.
Desde 1999, quando houve um recorde histórico de homicídios (12.818 casos), a queda é de 65,5%.
Serra, porém, não conseguiu atingir um de seus objetivos antes de deixar o governo de São Paulo.
O ex-governador esperava atingir um número simbólico: tirar o Estado da faixa considerada “epidêmica” para homicídios -menos de 10 casos por 100 mil habitantes, de acordo com critérios da OMS (Organização Mundial da Saúde).
Em 2009, foram 10,95 no estado.
O fato irritou Serra. (Fernando Mello)