LEILA COIMBRA da Sucursal de Brasília da Folha Online As construtoras Queiroz Galvão e J.

Malucelli vão deixar o consórcio que ganhou hoje o leilão de concessão da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA).

O grupo é liderado pela estatal Chesf (Companhia Hidroelétrica do São Francisco), subsidiária da Eletrobras, que possui fatia de 49,98% do consórcio.

As participações da Queiroz Galvão e da J.

Malucelli são de 10,02% e 9,98%, respectivamente.

O consórcio ganhou hoje a concessão oferecendo o menor preço por megawatt-hora, de R$ 77,97, deságio de 6,02% sobre o preço inicial, de R$ 83.

A assessoria de imprensa da Queiroz Galvão disse, no entanto, que a decisão não é irreversível e as empresas têm um prazo de até sete dias para acertarem uma possível volta ao grupo.

Mas, por ora, a empresa confirma sua saída de Belo Monte.

Já a Aneel afirma que a formação do consórcio deve ser mantida até a data da outorga da concessão, prevista para o dia 23 de setembro.

Mudanças societárias serão necessárias, de qualquer forma, porque empresas de engenharia e construção possuíam um total de 40% da SPE (Sociedade de Propósito Específico).

Pelas regras do edital, na hora da assinatura do contrato de concessão esse percentual terá que ser de no máximo 20%.

Além disso, já demonstraram interesse em se associar ao consórcio vencedor empresas autoprodutoras de energia como a CSN, Braskem e Gerdau (que utilizarão a produção da usina para consumo próprio) e a Eletronorte, outra subsidiária da Eletrobras, que entrará como operadora da usina.