Caro Jamildo, Pressionado pelo movimento que surgiu em Pernambuco, contrário ao esvaziamento da Chesf, o Governo Federal apressou-se em incluir a empresa na licitação da usina Belo Monte, aliás no consórcio vencedor.
Para mim, porém, a manobra só reforça o argumento de que quem manda hoje nos destinos da Chesf é a Eletrobrás.
Em primeiro lugar a Chesf não se preparou para participar da concorrência, tanto que ainda não se sabe sequer qual o percentual que ela terá no consórcio.
Também não se sabe quais as atribuições da empresa.
Tudo foi feito às pressas para dar uma satisfação à sociedade, tentando encobrir a questão real que é o esvaziamento da companhia.
Em segundo lugar, a usina citada está causando grande celeuma e danos ambientais de forma que a Chesf, participando de sua construção, pode ter sua imagem manchada.
Ou seja, a Chesf pode ter recebido um presente de grego.
Nem se livrou do drama do esvaziamento e pode ter sido jogada numa tremenda confusão.
A luta, portanto, a favor da Chesf forte e independente tem que continuar.
Abraços.
Terezinha Nunes.