Em entrevista ao apresentador Geraldo Freire, na Rádio Jornal, nesta terça-feira (20), o deputado federal Armando Monteiro (PTB) falou das eleições no Brasil e em Pernambuco.

Sobre a disputa ao Senado, o parlamentar defendeu que Pernambuco precisa ter uma “representação mais firme, ativa, sintonizada com os interesses do Estado e, sobretudo, mais afirmativa”.

Leia abaixo.

Eleição Nacional Não tenho dúvida que essa eleição será muito disputada.

Todas as pesquisas indicam uma aproximação dos percentuais de intenção de votos dos candidatos, com uma margem ainda favorável ao candidato Serra, mas ninguém desconhece a força do palanque governista.

O presidente Lula, com os índices de popularidade do seu governo, alcança patamares verdadeiramente inacreditáveis.

Isso tudo significa que nós teremos uma eleição muito disputada.

O candidato Serra é um candidato que tem densidade.

São Paulo tem um peso e é um colégio eleitoral muito expressivo. É uma eleição que está rigorosamente em aberto.

Não é possível antecipar qualquer prognóstico.

Eleições em Pernambuco Pernambuco tem um histórico de eleições muito disputadas.

Sobretudo porque o pernambucano é muito politizado e o processo eleitoral tem uma dinâmica própria. É sempre imprudente dizer que uma eleição está resolvida de antemão.

Agora, um dado que ninguém desconhece é a posição extremamente favorável que o governador Eduardo Campos desfruta hoje.

Um governo muito bem avaliado, que tem uma aprovação de mais de 80% da população.

O reconhecimento por uma obra administrativa, em todas as áreas, até em áreas críticas tradicionalmente como segurança, educação, na área de saúde começamos a ter resultados importantes.

E o momento que a economia do estado vive, com grandes investimentos.

A economia de Pernambuco cresce a taxas superiores da Região Nordeste e do resto do país, com recordes de geração de empregos.

Portanto, esse clima de confiança, de otimismo, é evidente que isso vai influir decisivamente na avaliação do eleitor de Pernambuco.

Então eu acho que o governo dispõe de condições excepcionais nessa disputa, mas eu não subestimo os adversários e acho que devemos estar preparados para a disputa em qualquer cenário.

A chapa é Eduardo, Armando e Humberto?

Tudo isso depende da coordenação do governador.

O processo tem que chegar ao seu final.

Eu não posso esconder que nosso nome transita bem por todos os partidos da aliança.

Tenho recebido manifestações de apoio dos companheiros do PCdoB, do PR, do PT – com quem sempre tive relações muito próximas – e de quadros importantes do PSB.

Portanto, eu tenho recebido essas indicações.

Mas, não tive ainda uma conversa oficial com o governador.

O tempo do governador ainda é o tempo administrativo.

Muitas obras estão sendo entregues à população.

Estou aguardando com muita tranqüilidade, como sempre estive, sem ansiedade, porque nosso nome está colocado à disposição nesse conjunto.

Se vier a ser convocado, estarei com o maior entusiasmo participando do processo, indo à praça pública para defender esse projeto político-administrativo que está dando certo em Pernambuco.

E ao mesmo tempo, estarei afirmando minha crença de que Pernambuco precisa ter no Senado Federal uma representação mais firme, mais ativa, mais sintonizada com os interesses do Estado e, sobretudo mais afirmativa.

Não existe ainda a chapa definida e eu aguardarei com muita tranqüilidade o desfecho desse processo.