Colaboração enviada por BRÁULIO WANDERLEY, do site www.historiavermelha.blogspot.com Em reunião realizada hoje pela manhã, os postulantes à vaga petista do senado, Humberto Costa e João Paulo, divulgaram em coletiva que o primeiro disputará a câmara alta enquanto o ex-prefeito pleiteará um mandato de deputado federal.
O anúncio foi feito pelo presidente nacional do PT José Eduardo Dutra.
Alguns fatores como a maioria do Partido e a absolvição no episódio da “máfia dos vampiros” colocaram Humberto em condições mais favoráveis nos últimos meses, particularmente depois do golpe sofrido em 2006 que tirou a possibilidade de ir ao segundo turno na eleição para o governo do estado naquele ano.
O ex-prefeito era de longe o mais viável candidato eleitoral do PT à vaga do senado.
Principalmente quando elegeu o sucessor, seu ex-secretário João da Costa, ainda no 1º turno em 2008.
Ali, João Paulo se cacifou como candidato natural.
Eis que JP cometeu uma série de erros.
Depois de 22 anos cumprindo mandatos populares: vereador, deputado estadual e prefeito, João Paulo voltou à planície, mas não conseguiu se aquietar.
Cogitou ser presidente consensual do PT (e existe isso no PT!?) e nada.
Ministro do governo Lula e nada.
Tentou ser coordenador da campanha de Dilma no estado e nada.
Humberto Costa foi comendo pelas beiradas os vacilos de João Paulo: se aproximou de João da Costa (não há vácuo na política), reelegeu Jorge Perez à presidência do PT estadual e virou coordenador do programa de governo de Dilma.
Daí que o governador Eduardo Campos (PSB) até que tentou salvar João Paulo dando-lhe uma super-secretaria, a de articulação regional, o que possibilitaria ao “peão” rodar o estado, conversar com lideranças e tirar o atraso em relação a Humberto que já fazia isso há mais tempo, na condição de secretário das cidades, mas nosso querido companheiro pediu exoneração do governo 3 meses depois, alegando divergências com alguns membros do governo.
Aí ele se lascou e se isolou.
O governador, óbvio que fez sua parte, lavou as mãos pros erros de João Paulo, este ao voltar à planície largou o pau de novo na corrente de Humberto, disse que não era mais candidato ao senado e que sairia pra deputado federal.
Colheu o que plantou.
Muitas opiniões de petistas e não-petistas compartilhavam a ideia de que a vaga de João Paulo estava garantida, enquanto a outra seria disputada por Marco Maciel (DEM), Sérgio Guerra (PSDB) e Armando Monteiro Neto (PTB).
JP decide voltar ao que nunca tinha desistido Ao assumir a secretaria, o governador Eduardo Campos apaziguou os ânimos entre as correntes de HC e JP, além de tirar o ex-prefeito dos holofotes do senado.
Ao sair da secretaria, João Paulo reassume que é candidato ao senado e aí tenta costurar sua legitimação no campo de partidos aliados, o que resultou numa enxurrada de críticas por parte da CNB, que alegava que a discussão deveria de dar no conjunto do PT.
Noves fora tudo isso e a fênix de Humberto, não coube a João Paulo outraopção senão desistir do senado a fim de evitar mais uma derrota anunciada já que a tendência Construindo um Novo Brasil, liderada por Humberto, conta com a maioria dos filiados do PT, o que numa possível prévia poderia aumentar os consecutivos erros táticos cometidos por João Paulo e aumentar seu desgaste psicológico e político.
João Paulo é representado no estado pelo Campo de Esquerda Unificado.
Palanques desmontados, ou melhor não-montados já que não houve prévias, é tarefa de todos os petistas levantar a bandeira do senador Humberto Costa e aumentar a bancada de sustentação na câmara dos deputados com João Paulo, Maurício Rands, Fernando Ferro, Pedro Eugênio, Fernando Nascimento e demais companheiros de partidos aliados rumo ao governo Dilma Rousseff.