Servidores exijem respeito No site do Sindjude O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de Pernambuco – SINDJUD-PE, ao tempo em que desmente o teor da matéria publicada no Site do TJPE, na seção Notícias, dessa quinta-feira, 15.04, às 16? horas, sob o título “TJPE assegura reajuste a servidores”2, na qual afirma que os servidores terão 8,12% de reajuste a partir de 1º de maio e que esse aumento foi decidido após reunião das Entidades com o Secretário de Administração, Sr.

Leovegildo Mota e com Assessor Especial da Presidência, Juiz Fábio Eugênio, vem esclarecer o que de fato aconteceu na referida reunião e repudiar a conduta adotada pelo Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, qualificando-a desrespeitosa e atentatória à dignidade dos trabalhadores deste Poder, e em especial aos integrantes das Entidades de Classe,que se sentiram ultrajados pela forma ardilosa e desqualificada com que a atual Administração do Poder Judiciário vem conduzindo o processo de negociação com a categoria.

A verdade: Em nenhum momento qualquer dos participantes dos trabalhadores presentes à reunião, realizada na tarde dessa quinta-feira, 15.04, concordou, decidiu, anuiu em ter somente os 8,12% de reajuste em 1º de maio.

Primeiro porque não há o que discordar desse reajuste, que se trata de uma parcela de reposição das perdas salariais de 1994 a 2008, cujo percentual total é de 50,35%, e que se encerra em 1º de maio de 2012.

Logo, não há novidade nisso.

Em segundo lugar, o que os trabalhadores estão reivindicando é o cumprimento da Constituição Federal, da Lei do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos, e dos acordos celebrados pelos desembargadores Fausto Freitas, Og Fernandes (hoje Ministro do STJ), Jones Figueiredo e José de Lemos, que consignaram num documento – o Termo de Compromisso – a reposição das perdas citadas, bem como da reposição anual.

Dizer o contrário, que teremos aumento de 8,12%, é querer enganar os servidores, desviando o foco do problema da gestão corporativista que vem sendo praticada pelas administrações do TJPE, que, a exemplo, da gestão do Desembargador Jones Figueirêdo, realizou o pagamento de vultosas verbas de ATS (Adicional de Tempo de Serviço – quinquênio) e utilizou a verba prevista no orçamento para reajuste dos servidores em 1º de maio de 2009 (5,53%) para aumentar os subsídios da magistratura em quase 10%.

Todavia, o que mais causou indignação, não foi a choradeira dos representantes do TJPE, alegando falta de recursos para cumprir com o que manda todo o ordenamento jurídico, mas sim publicar uma mentira no portal eletrônico do Tribunal de Justiça, dizendo que “o aumento foi decidido após uma reunião…”, quando sequer a reunião havia sido concluída, tendo sido recebida por meio de telefonema a informação da injuriosa matéria, que indignou a todos.

Em razão do tratamento recebido, que desqualifica os interlocutores do TJPE e a própria Administração, que se diz aberta ao diálogo e age de forma irresponsável e desrepeitosa com os trabalhadores, o Sindicato e as demais entidades retiram-se da reunião e cobraram a retirada da matéria descabida posta no site.

DSC047663O TJPE, diante da reação dos presentes, modificou os termos da matéria, mas a emenda saiu pior do que o soneto.

Isso porque a nova matéria, no intuito de corrigir o incorrigível, diz que o TJPE “comunicou” a decisão do reajuste após a reunião, o que também não procede e não aconteceu, pois a reunião sequer havia sido concluída e no momento da retirada, o assessor especial da presidência não se encontrava na sala.

Veja a nova matéria no site do TJPE e compare.

O Sindicato vai dar maiores informações nas Assembleias gerais que realizará a partir de amanhã e convocará a categoria para uma paralisação, que pode ser por tempo indeterminado.