A CHESF É NOSSA E NÃO DELES!
Parece que caminha para um novo e bom desfecho o futuro da CHESF, quando poderão ser devolvidas todas as suas prerrogativas operacionais e estatutárias.
O governador Eduardo campos finalmente se “informou”, a Eletrobrás saiu momentaneamente de cena e o Ministro Zimmermann, das Minas e Energia, comprometeu-se nesta quarta-feira passada a trazer para o exercício do contraditório um importante interlocutor, com poder decisório: o presidente Lula que, quando questionado deverá repetir o que já disse muitas vezes diante de episódios semelhantes: nada sei, nunca soube e gostaria de continuar sem saber!
Vejo que agora, ainda que tarde e já devidamente “informado”, o governador de Pernambuco e uma das principais lideranças políticas nacionais, deverá sim interferir no processo de desmonte da CHESF e impedir o seu butim pela Eletrobrás.
A minha grande preocupação é o que o governador Eduardo Campos tem insistido em reunir e incluir no movimento em defesa da integralidade da CHESF, além da sua soberania estatutária, o eventual vencimento das concessões públicas de algumas das suas usinas a partir do ano de 2015.
Insistir nesse ponto é fugir do foco atual.
Entendo que são duas questões distintas que devem ser tratadas também em momentos distintos e oportunos.
A grande luta no momento é manter o comando das operações da CHESF em sua sede, no Recife, sem a patronal e nociva interferência da Eletrobrás, que já é controladora parcial da estatal sediada na capital pernambucana.
O primeiro sinal positivo de que as mudanças na CHESF podem ser revistas foi dado no jornal do Commercio de hoje, dia 16/04, pela Eletrobrás, quando em carta publicada em português sofrível e endereçada à deputada Terezinha Nunes informa da impossibilidade do comparecimento do engº José Antonio Muniz Lopes, presidente da Eletrobrás e reconhecido verdugo da CHESF, para prestar esclarecimentos na Assembléia Legislativa de Pernambuco sob o argumento de que obedece a determinação do Ministro Zimmermann, que vai tratar diretamente com o presidente Lula sobre o futuro da CHESF.
A pressão do patrimônio técnico da CHESF, da mídia local com destaque para o Sistema Jornal do Commercio, de setores organizados da sociedade e agora com o definitivo engajamento do governador Eduardo Campos, que parece chamar para si a responsabilidade de liderar o movimento em defesa da empresa, será possível sim manter a CHESF como sempre foi e aonde está.
Cordiais Saudações Classistas, Mauri Vieira Costa Presidente da CASA DO ADMINISTRADOR – CAPE