Tiago Décimo, de O Estado de S.Paulo Em sua primeira viagem como pré-candidato oficial do PSDB à Presidência da República, o ex-governador de São Paulo, José Serra, que visitou Salvador nesta quarta-feira, 14, evitou polêmica em torno da troca de Minas Gerais por Bahia para o início da campanha e também não quis responder ao presidente Lula, que ironizou o seu slogan “O Brasil pode mais”. “Não troquei Minas por Bahia, aqui estou fazendo uma visita e vim dar entrevistas também.
Em Minas vai ser mais do que uma visita”, ponderou. “Não há nenhum ato político organizado aqui.” Apesar de negar o caráter político da viagem a Salvador, Serra teve agenda de candidato.
Visitou a sede das Obras Sociais Irmã Dulce, onde cumprimentou enfermos, cantou e dançou, depois foi ao Mercado Modelo, um dos principais destino turísticos da cidade, fazendo um corpo-a-corpo com potenciais eleitores.
O presidenciável aproveitou para reforçar seu lema de campanha “O Brasil pode mais”. “Acho que Brasil pode avançar mais.
Avançou bastante nas últimas décadas, nos últimos anos, mas pode mais, isso é indiscutível”, disse. “Na segurança, em saúde e na criação de oportunidade de trabalho, por exemplo, há ainda muito a ser feito.” Serra, porém, ressaltou pontos que considera positivos no governo Lula. “Na época do enfrentamento da crise econômica, por exemplo, o governo foi bastante ágil, bem como na consolidação dos programas de transferência de renda”, afirmou. “Mas é preciso complementar o Bolsa-Família com oportunidades de emprego”.
O ex-governador evitou falar sobre a formação de sua chapa na disputa eleitoral. “Nunca houve tanta antecipação de campanha, mas tem coisas que não tem como antecipar”, disse ao ser questionado sobre quem seria o seu vice.