Por Raul Henry Inconformado com matérias veiculadas no Diário de Pernambuco, um alto dirigente da Prefeitura do Recife acusou o jornal de ser “refém de interesses” e “balcão de negócios”.
Uma pergunta cabe fazer: o que diziam as matérias do jornal?
Diante da tragédia provocada pelas chuvas no Rio de Janeiro, apenas mostravam a precariedade dos serviços de limpeza urbana na cidade do Recife.
Uma cidade que, assim como o Rio, tem grande parte da sua população pobre morando em áreas de encostas.
A conseqüência inevitável do não recolhimento do lixo é o entupimento do sistema de drenagem das águas pluviais, que pode resultar em desastres como aqueles verificados no Rio. É importante alertar que a estação de chuvas no Nordeste está apenas começando, devendo intensificar-se nos meses de maio, junho e julho.
O que o jornal fez foi apenas cumprir sua missão de informar e prestar serviços à população.
O Diário de Pernambuco é um patrimônio do povo pernambucano.
Uma instituição de 185 anos.
O jornal mais antigo em circulação na América Latina.
Não é possível aceitar tamanha agressão de um burocrata desqualificado para o exercício da vida democrática.
O que esse burocrata deveria explicar, por exemplo, é por que, depois de um ano e quatro meses de gestão, a Prefeitura ainda não licitou o milionário contrato de coleta do lixo da cidade.
O que ele deveria explicar é por que depois de um ano e quatro meses ainda não foi iniciada a obra da propalada Via Mangue, para desafogar o trânsito da zona sul da cidade.
O que ele deveria explicar é por que depois de um ano e quatro meses a Prefeitura ainda não concluiu a obra do famigerado parque Dona Lindú, inaugurado festivamente ainda na administração anterior.
Tudo indica que as agressões do burocrata do PT ao Diário de Pernambuco tem uma única intenção: esconder a falta de iniciativa da administração inoperante e medíocre que realizam à frente da Prefeitura do Recife.