Por Camila Campanerut Do UOL Notícias O PV deve apresentar a retirada da candidatura da legenda às eleições indiretas do Distrito Federal na tarde desta quinta-feira (15).

Com isso, a votação marcada para as 15h do sábado terá seis chapas “puro sangue” - com candidatos a governador e vice do mesmo partido.

Os atuais candidatos são Antônio Ibañes (PT), Aguinaldo de Jesus (PRB), Luiz Filipe Coelho (PTB), Messias Souza (PCdoB), Rogério Rosso (PMDB) e Wilson Lima (PR), governador em exercício.

De acordo com ex-candidato a governador do PV, Nilton Reis, a decisão de não participar do processo eleitoral se deve às mudanças constantes das regras que envolveram o atual e único processo vivido na capital federal. “Não é uma questão de competitividade, o que se viu [na Câmara] foi uma mudança contínua de regras.

Até para a sociedade é difícil de acreditar na transparência deste processo”, justificou Reis.

Para a vice da chapa de Reis, Débora Achcar, as eleições no DF “parecem um jogo onde se mudam as regras no meio”.

O presidente da Câmara Legislativa, Cabo Patrício (PT) já afirmou que não há “nada de concreto” que evidencie novas alterações no processo em curso.

Mas José Willemann, consultor legislativo e chefe de gabinete do deputado petista Paulo Tadeu, admitiu que ainda há brechas para modificações nas eleições. “A legislação eleitoral, rigorosamente, não permite [mudanças].

Mas é possível a mudança de candidatos dentro da chapa existente.

Só é viável se ocorrer um fato como a renúncia de um candidato e ser substituído por outro indicado pelo partido até 2h antes da eleição”, explica Willemann.

São 24 deputados distritais que poderão votar no sábado (17).

Se nenhum candidato obtiver 13 votos, haverá segundo turno, a ser realizado na sequência do primeiro.

O mais votado será governador no “mandato-tampão” de oito meses e o segundo mais votado será o vice.

A eleição indireta se deve à casação do governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) e à renúncia do vice, Paulo Octávio.

Ambos são citados ao lado de outros dez deputados no suposto esquema de corrupção, que ficou conhecido como mensalão do DEM - de pagamento de propinas a servidores e prestadores de serviços do governo local.