Foto: Chico Ludermir/Blog de Jamildo A barreira desprotegida é vista dos fundos de uma escolinha que recebe diariamente 20 crianças No mesmo Ibura em que um aposentado morreu soterrado no ano passado, moradores hoje afirmam ter dificuldade para conseguir lona.

Depois de telefonemas e mais telefonemas, a proteção para o morro sob o imóvel da dona de casa Edijane Macedo, 32, chegou.

Detalhe: as ligações começaram em janeiro.

O plástico foi instalado esta semana. “Só chegou agora porque o prefeito vinha para cá”, fala a mãe de um pré-adolescente (12) e de uma criança (4).

Mas Edijane não tem do que reclamar.

Ela conseguiu a lona.

E a professora Mércia Lima, 56, que começou a ligar para a Codecir no mesmo período e até agora não tem a proteção paliativa?

Ela sim tem motivos para se indignar.

E Mércia não pede plástico para proteger apenas sua casa e sua família - o que já seria motivo suficiente para conseguí-la.

A professora teme que a barreira por trás da escolinha desabe.

Diariamente 20 crianças frequentam a Escola Caminho de Jesus.

Aos domingos, o número sobe para 40.

Já o medo sobe para níveis incalculáveis quando o céu ameaça desabar. “Quando chove entra lama, entra água.

Já desabou parte da barreira no ano passado e a gente pagou para cavarem e tirarem a terra”.

A tragédia está anunciada.

A torcida é para que não se cumpra.