O presidente Celso Muniz faz intervenção com reparos às mudanças feitas pela Eletrobras.
Uma das perdas, na sua avaliação, vai se dar no planejamento regional. “Não pode ser uma relação eu mando e você obedece”, observou. “A centralização é desnecessária e vai dificultar a operação da empresa”, criticou.
Noutra reclamação, ele disse que o setor energético sabia, mas a sociedade não tomou conhecimento.
O presidente da Associação Comercial de Pernambuco (ACP), Celso Muniz, afirmou ontem que as modificações no estatuto da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) vão fazer com que a estatal tenha que pedir autorização à Eletrobras para qualquer aquisição de bens no valor superior a R$ 78 milhões. “O ideal seria que houvesse uma revogação negociada dessas medidas que foram implantadas”, defendeu o empresário, na reunião do Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social (Cedes).
Presente à reunião, o ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, afirmou que “a Eletrobras não vai comprar um palito que seja da Chesf”.
Técnicos que estavam na mesma reunião dizem que já existe uma grande discussão na Chesf porque a Eletrobras quer fazer um pregão eletrônico no Rio de Janeiro para comprar transformadores de corrente e transformadores de potencial no Rio de Janeiro.
Esses equipamentos serão usados nas subestações antigas e nas novas que a Chesf vai construir.