Da Folha Online Após tentativas frustradas de revogar a prisão de José Roberto Arruda (sem partido), o advogado Nélio Machado voltou a repetir ontem que as acusações de que o ex-governador comandava o esquema de propina no Distrito Federal são “incipientes e que serão reduzidas à própria insignificância”. “Nós vamos demonstrar os absurdos, os excessos, os descomedimentos [do inquérito].
Elegeu-se o governador Arruda como bode expiatório da República”, disse Machado.
Policia Federal solta cinco aliados de Arruda após decisão do STJ Candidatos ao governo do DF entregam documentos para eleição indireta Arruda recebe apoiadores em casa e faz oração coletiva após deixar prisão A defesa, segundo ele, vai trabalhar para mostrar que Arruda não tem ligação com o mensalão do DEM. “As acusações surgiram de pessoas que não têm credibilidade”, disse.
Machado voltou a dizer que Arruda não cogita voltar para a vida pública. “Ele quer o retorno da paz e da saúde.
Ele quer voltar para a família.” Arruda responde a duas ações no STJ (Superior Tribunal de Justiça), por tentativa de suborno a testemunha e por falsificação de recibos para mascarar propinas.
Ainda não foi apresentada denúncia sobre o mensalão do DEM.
Decisão No início da sessão do STJ, Machado elogiou a trajetória do ministro Fernando Gonçalves, relator do caso, em evento de homenagem ao magistrado, que se aposentará no dia 20.
Por oito votos contra cinco, o STJ mandou soltar nesta segunda-feira Arruda (sem partido) e mais cinco aliados que estão presos por atrapalhar as investigações do mensalão do Distrito Federal–suposto esquema de arrecadação e pagamento de propina).
O ex-democrata está preso desde o dia 11 de fevereiro na Superintendência da Polícia Federal pela tentativa de suborno do jornalista Edson Sombra, testemunha do processo que investiga o esquema de corrupção no Distrito Federal.