Por sugestão da deputada Terezinha Nunes, a Assembleia Legislativa vai apresentar moção de repúdio às agressões postadas no twitter pelo chefe de gabinete do prefeito João da Costa, Felix Valente, contra o jornal Diario de Pernambuco.

Insatisfeito com reportagens sobre o problema do lixo e os riscos que o Recife corre com a chuva, ele acusou o jornal de ser um “balcão de negócios” e “refém de seus interesses econômicos e políticos”.

Indignada, a deputada Terezinha Nunes levou o tema à tribuna, afirmando que os ataques não são apenas contra o Diario, mas contra a democracia e a liberdade de imprensa. “O problema do lixo é assunto extremamente relevante para o Recife e há um ano e quatro meses de gestão João da Costa não conseguiu resolver sequer a questão da licitação”, declarou Terezinha. “Mas o Sr.

Felix prefere calar a imprensa a resolver a incompetência de administrar esse tema”.

A parlamentar continuou: “O Diário tem 185 anos de existência, é o jornal mais antigo da América Latina e presta um grande serviço ao nosso Estado. É inconcebível ser atacado dessa forma deselegante e torpe”.

Em aparte, vários deputados registraram solidariedade ao Diario e sua equipe. “O jornal só publicou fatos que estão nas ruas.

Esse chefe de gabinete deveria ser demitido pelo ataque à liberdade de expressão”, afirmou Pedro Eurico, o que foi reforçado por Terezinha.

As deputadas Miriam Lacerda e Jacilda Urquisa e o deputado Maviael Cavalcanti também registraram apoio ao Diario. “Toda administração tem falhas.

E o gestor precisa saber ouvir críticas, pois elas servem de contribuição”, disse Jacilda.

PS do Blog de Jamildo.

A saraivada de críticas que o militante petista recebeu do Diário de Pernambuco, hoje, em editorial, e a reação na Assembléia Legislativa, não surpreendem o blog.

Durante a última campanha eleitoral municipal, fui vítima de uma série de ataques sordidos e covardes pela internet, possivelmente por ser um dos poucos jornalistas no Estado com coragem e independência ideológica para criticar o PT.

Gente que trabalhou na campanha de João da Costa, depois da eleição, veio até mim para se desculpar e atribuiu a campanha difamatória a pessoas como esse gaúcho e a coadjuvantes locais no comando da campanha.

Como não posso guerrear com pessoas que atuam nas sombras, seja de que partido for, nunca dei crédito nem reclamei.

Rezei muito pela alma destas pessoas, para que evoluíssem.

Nem me considero tão valente, mas continuo como sempre assinando tudo o que escrevo.